"Neudo Pipoca" e três
membros do bando morreram em tiroteio com a PM de Tocantins
Os criminosos eram temidos na
região de Quixadá, mas acabaram mortos no Tocantins
"Neudo Pipoca" (o 1º à
esquerda) comandava o bando
Chegou ao fim a saga criminosa de um grupo familiar cearense envolvido em roubos a bancos,
ataques a carros-fortes, seqüestros e mortes de policiais em diversos estados brasileiros. Nos próximos
dias deverão chegar ao Ceará os corpos dos quatro bandidos que pertenciam à
família dos “Pipocas”, que morreram, na
madrugada da última sexta-feira (1º), em confronto com a Polícia Militar no
estado do Tocantins. Ontem, as
autoridades daquele estado apresentaram
à Imprensa as armas da quadrilha.
Os quatro bandidos mortos foram identificados como: Elineudo Oliveira Silva, Elineuton Oliveira
Silva (irmãos), Ângelo Márcio Rodrigues e Paulo Sérgio de Oliveira. Todos eram
naturais do Município de Quixadá, no Sertão Central do estado.
Mortes - De acordo com as investigações das
autoridades de Tocantins, a quadrilha atacou e explodiu um posto bancário
(Bradesco) na Região do Pequizeiro, na última quinta-feira (31), e trocou tiros
com a PM horas depois. Em seguida, o grupo tentou atacar um carro-forte. Houve
um segundo tiroteio com a Polícia na madrugada de sexta-feira, ocasião em que o
sargento Gama e os quatro bandidos cearenses acabaram mortos. O confronto
aconteceu entre os Municípios de Goianorte e Araguacema, no estado do
Tocantins.
Armados com fuzis, os criminosos dispararam tiros contra as patrulhas
da Companhia de Ronda Tática Motorizada (Rotam), do Batalhão de Policiamento de
Choque da PM de Tocantins. Os militares revidaram, se estabelecendo o confronto
no matagal às margens da rodovia TO-342.
Chefe do bando - O cearense Elineudo Oliveira Silva, 47
anos, conhecido como “Neudo Pipoca”, era apontado como o chefe da “Quadrilha
dos Pipocas”. Um dos principais grupos criminosos especializados em ataques a
bancos do Ceará, que já teve membros presos em Gurupi, no estado de
Tocantins, em 2017, por explodir uma
agência do Banco do Brasil na cidade e fugir com mais de R$ 5 milhões.
O grupo foi preso em janeiro de 2015, em uma grande caçada policial,
após tentativa frustrada de assalto a um comboio formado por três carros-fortes
no Município de Russas. Na fuga, os assaltantes se embrenharam no matagal e
invadiram uma fazenda, tomando uma família inteira como refém, na noite de 14
de janeiro. Foram seis horas de cerco, tiroteio e negociações, até que os cinco
criminosos se entregassem às autoridades. Dois deles ficaram feridos.
O bando foi levado para Fortaleza
e autuado em flagrante na Delegacia de Roubos e Furtos (DRF). Posteriormente, o
flagrante foi convertido em prisão preventiva pelo juiz da Comarca de Russas.
Mas, em março de 2017, o Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu soltar os cinco
membros dos “Pipocas”, incluindo Elineudo Silva, por meio de habeas corpus
concedidos pelo ministro Marco Aurélio Mello, do STF, com base no argumento de
que a prisão preventiva por dois anos configurou excesso de prazo na custódia
que se diz provisória.
Várias prisões - Depois disso, “Neudo Pipoca”, foi preso
novamente pela Polícia Rodoviária Federal (PRF), no dia 11 de junho de 2017 ao
transitar de forma suspeita em uma caminhoneta modelo L-200 Triton, que foi
parada pelos policiais. A abordagem se deu em uma fiscalização de rotina no município
de Gurupi, no Estado do Tocantins. Ao verificar o nome dos três ocupantes, a
Polícia constatou que ‘Neudo’ tinha um mandado de prisão preventiva em aberto e
efetuou sua detenção. Um dos dois homens que acompanhava Elineudo Silva, também
era membro da “Quadrilha dos Pipoca” e já havia sido preso em outra
oportunidade com o bando.
Horas depois, um bando explodiu o Banco do Brasil da cidade, fez reféns
e fugiu com mais de R$ 5 milhões. A Polícia Civil do Tocantins informou,
naquela época, que pediu a prisão preventiva de “Neudo” por entender que ele se
deslocava para encontrar o restante do grupo e praticar a ação criminosa, porém
não houve flagrante e a prisão não ocorreu. Além de mais de R$ 5 milhões, foram
encontrados um caminhão e duas caminhonetes abandonados, em um matagal. Em um
dos veículos estavam acondicionados 68 quilos de dinamite.
Nenhum comentário:
Postar um comentário