Na Polícia Civil, há três
inquéritos em fase de conclusão, nos quais são apuradas as condutas dos
advogados - Os suspeitos pertenceriam a diferentes núcleos de facções
criminosas instaladas no Estado
Planos de fugas de presídios
cearenses foram descobertos pela Polícia
Investigações da Polícia Civil do Ceará apontam que cinco advogados
atuavam dentro de facções criminosas auxiliando nas tratativas para o tráfico
de drogas e também tentaram ajudar na ação de fuga de detentos encarcerados nas
unidades prisionais em Itaitinga. Os suspeitos se distribuíam em diferentes
núcleos, sendo responsáveis desde entregas de bilhetes até o monitoramento do
veículo que iria auxiliar na fuga.
De acordo com a Delegacia de Repressão às Ações Criminosas Organizadas
(Draco), há três inquéritos distintos em fase de conclusão para apurar as
condutas dos advogados Alberto Lucas Nogueira Lima, Elisângela Maria Mororó,
Rafael Paulino Neto, Lucas Arruda Rolim e Alaor Patrício Júnior. Eles são
suspeitos pelos crimes de organização criminosa, associação para o tráfico e
tráfico de drogas.
Alberto e Elisângela seriam cúmplices de um plano que visava ajudar na
fuga de líderes de uma facção criminosa. Alberto Lucas era responsável por
passar para detentos os detalhes do plano.
A advogada Elisângela Mororó foi presa nessa quarta-feira (13), em
Catarina, Município do interior do Ceará. A Polícia Civil teve acesso ao celular
da suspeita. No aparelho foram encontradas conversas nas quais ela negociava a
venda de cocaína com o chefe de facção criminosa, detido em Rondônia.
Em setembro deste ano, Elisângela teria tentado entrar com um bilhete
dentro de um biscoito durante visita a um traficante preso. Primeiro, o papel
foi repassado para outro advogado. Alberto teria colocado o bilhete na boca do
preso enquanto estavam no parlatório do Centro de Detenção Provisória. O
paradeiro de Alberto Lucas Nogueira permanece desconhecido das autoridades.
O advogado Rafael Paulino era responsável por levar e trazer ordens de
dentro do presídio.
Já Alaor Patrício Júnior foi preso em setembro deste ano, em Itaitinga.
Ele estava com 20 bilhetes contendo mensagens de membros de facções criminosas.
Foi solto por decisão da Justiça.
A Ordem dos Advogados do Brasil, Secção Ceará, informou "que todos
os processos administrativos disciplinares do Tribunal de Ética e Disciplina
(TED) são sigilosos, só tendo acesso às suas informações as partes, seus
defensores e a autoridade judiciária competente".
Com informações do Diário do
Nordeste
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