segunda-feira, 9 de março de 2020

Execução - Agente penitenciário assassinado foi confundido com membro de facção criminosa

Paulo Vitor Passos Teixeira foi assassinado no Bairro Papicu no último dia 1º

Paulo Vitor Passos Teixeira foi morto a tiros. — Foto: Reprodução
Paulo Vitor Passos Teixeira foi morto a tiros

Instantes antes de ser morto, o agente penitenciário Paulo Vitor Passos Teixeira foi confundido com membro de uma facção criminosa. Conforme consta nos autos, integrantes de uma facção cearense fotografaram o agente e os amigos dele para conferir se as vítimas eram 'inimigos do crime'.
Paulo Vitor, de 25 anos, foi assassinado na noite do último dia 1º de março, na favela do 'Pau Finim', no Bairro Papicu, em Fortaleza. Logo após o crime foram divulgados indicativos de que a ação tinha se tratado de um latrocínio. Quando aprofundadas as investigações e ouvidos suspeitos e testemunhas a hipótese foi descartada.
De acordo com os autos, o agente estava acompanhado de amigos, retornando de um aniversário. Eles entraram em uma rua sem saída localizada na favela do 'Pau Finim', no Bairro Papicu. Logo quando chegaram ao local, foram abordados por homens armados. As testemunhas contaram às autoridades que homens gritaram ordenando que o motorista baixasse todos os vidros do carro e desembarcassem do veículo.
Todas as vítimas foram obrigadas a sentar à beira de uma calçada e começaram a ser fotografadas por um homem que estava em processo de batismo na facção. As fotos foram tiradas com a intenção de os chefes do bando informarem se ali estavam inimigos ou não.
No momento em que os criminosos pegaram o celular do agente e localizaram fotos dele em posse de arma, Paulo Vitor correu. Ele foi atingido nas costas e morreu ainda no local.
Após prestar depoimento, uma das testemunhas foi incluída em um programa de proteção do Governo do Ceará.

Prisões - Ao todo, sete suspeitos foram presos por participar no homicídio do agente penitenciário. Um homem identificado como Marcelo Bezerra da Silva, de 35 anos, o 'Morcegão', é apontado como mandante do homicídio. 'Morcegão' já tinha antecedentes criminais e, inclusive, era conhecido das polícias internacionais.
Ele já tinha sido preso em Portugal enquanto era investigado por participação no tráfico de drogas internacional. Quando preso no exterior, estava com quase oito quilos de cocaína, pronta para revenda, e cocaína diluída em garrafas de cachaça.
Os outros seis presos foram identificados como Abnoan Avelino Vieira, de 49 anos; Antônio Denilson Marques da Silva, 20; Francisco Alves da Silva, 34; Edson Alexsander Nogueira dos Santos, 23; Lucas Luiz Ferfolli, 25 e Marcos Antônio Ferreira.

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