A "guerra" de facções tem deixado um rastro de
mortes em todo o estado
Os tiroteios nas ruas se tornaram um pesadelo na periferia da
Capital
Mais de 1.500 pessoas
foram assassinadas no Ceará no primeiro quadrimestre de 2020. Nas últimas 24
horas, mais 10 casos de homicídios e latrocínios foram registrados no estado, o
que elevou para 1.548 os registros de Crimes Violentos, Letais e Intencionais
(CVLIs) no Ceará no ano. Somente em abril, já são 439 mortos.
Faltando apenas a
contabilização dos crimes desta quinta-feira (30), o número já registrado
representa neste mês um aumento da ordem de 106,1 por cento em relação a abril
de 2019, quando ocorreram 213 casos.
Neste abril de 2020, os
índices de assassinatos no Ceará se concentram, em sua maioria, na Grande
Fortaleza, que, em 29 dias, registrou 279 homicídios, sendo 140 apenas na
Capital e mais 139 nos municípios metropolitanos.
A “guerra” de facções
criminosas pelo domínio de território ou retomada deles deixou um rastro imenso
de sangue nas ruas da Grande Fortaleza, especialmente em Fortaleza, onde os
confrontos com tiroteio se tornaram diários e com maior intensidade a partir do
último dia 22.
Naquele dia, um homem
apontado como chefe de uma organização criminosa foi morto dentro de uma loja
de acessórios automotivos, em Messejana, fato que desencadeou uma nova ofensiva
entre as facções na Capital. O resultado foi uma sequência violenta de
tiroteios, retomadas de favelas e assassinatos em série.
O mês de abril
terminará com números de CVLIs bem próximo dos 466 casos registrados em
fevereiro, mês que foi marcado pela violência decorrente da greve na Polícia
Militar.
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