Entre os dias 1º e
26, ocorreram 209 homicídios na Capital e sua Zona Metropolitana
A guerra de facções
acelerou a estatística dos assassinatos no Ceará em maio
A
violência armada na Grande Fortaleza neste mês de maio, acelerada pela guerra
entre facções criminosas e a redução de policiais militares e civis nas ruas
por conta da pandemia do coronavírus, elevou as estatísticas do crime na região
e deixou em 26 dias do mês mais de 200 mortos. Pessoas que foram assassinadas,
em sua maioria, ao serem atingidas por disparos de armas de fogo. O número
exato de vítimas dos homicídios, latrocínios e feminicídios é 209.
Somente
na Capital cearense, entre os dias 1º e 26 de maio, nada menos, que 120 pessoas
foram mortas. Nos demais Municípios da Grande Fortaleza ocorreram outros 89
casos.
Já
na Região Metropolitana, os assassinatos com maiores registros aconteceram em
Caucaia (23), Maranguape (17), Aquiraz (8) e Maracanaú (7), além de Itaitinga
(6), totalizando 61 dos 89 casos ocorridos no cinturão metropolitano.
Mortos dentro de casa
- A guerra das
facções criminosas Comando Vermelho (CV) e Guardiões do Estado (GDE) continua
sendo a causa maior da explosão dos índices de Crimes Violentos, Letais e
Intencionais (CVLIs) neste período de pandemia no estado. Não bastassem os crimes ocorridos nas ruas,
tornaram-se corriqueiros no cenário da violência armada na Grande Fortaleza os
assassinatos ocorridos dentro de residências.
Bandidos
não mais esperam ou armam tocaias e emboscadas para suas vítimas nas ruas,
agora estão invadindo as residências e eliminando as pessoas que estão em seus
lares até mesmo dormindo.
Foi
o que aconteceu na primeira chacina do ano ocorrida na madrugada do último dia
14, quando quatro jovens, com idades entre 18 e 21 anos, foram assassinados
quando dormiam dentro de uma casa na localidade de Ilha, na cidade de
Maranguape, na Região Metropolitana de Fortaleza (RMF). Os mortos foram identificados como Sebastião
Rodrigo Cavalcante Barbosa, 19; Antônio Henrique Costa Braga, 18; e os irmãos
Nardiel e Nardilan Moreira Marques da Silva, de 21 e 20 anos, respectivamente.
Assim
também aconteceu na manhã do dia 13, no bairro Granja Portugal, quando bandidos
armados invadiram uma casa e mataram com vários tiros de pistolas o jovem
Galdino de Sousa da Silva, 21 anos; e o adolescente Fabrício Silva Rabelo de
Sousa, 17 anos.
No
bairro Novo Parque Iracema, em Maranguape, criminosos invadiram um salão de
beleza na manhã do dia 6 último e assassinaram, a tiros, a adolescente Vitória Tatyra Aragão da Silva,
13 anos; e o amigo dela, o jovem Josué Ramos de Almendra, 19.
Da
mesma forma, no dia 9, criminosos arrombaram as portas de uma casa na
localidade de Gameleira, em Horizonte, e fuzilaram José Ronielly Lucemberg da
Silva, 27 anos; e Francisco Narcísio da Silva Gildo, 24.
Também no Interior - Esse mesmo tipo de execução
sumária, dentro de residências, também tem se registrado no interior do estado.
Foi
o que aconteceu, por exemplo, na noite do dia 2 de maio último, no Sítio Panelas,
situado na zona rural do Município de Acopiara,
quando bandidos invadiram uma propriedade rural e foram até a casa do
dono da terra, o agropecuarista Antônio do Ó Araújo, 53 anos de idade, que
acabou sendo morto a tiros juntamente com a esposa, a professora Maria de
Fátima da Silva, 50 anos; e a filha do casal, a jovem Graciele da Silva Araújo,
25. Todos receberam tiros na cabeça e nas costas, numa tripla execução sumária.
E
na madrugada do dia 16 último, outro crime semelhante. Criminosos atacaram uma
residência na Vila Graci, no Município de Barreira, e mataram três jovens.
Evelize da Costa Ferreira, Maria Vitória Lima Pereira e Denise Santos Sousa,
todas com 24 anos de idade, estavam dormindo quando foram covardemente
assassinadas com tiros na cabeça, sem nenhuma chance de defesa.
Nenhum comentário:
Postar um comentário