O sargento Adriano Fernandes de
Campos aparece nas imagens registradas momentos antes do desaparecimento do menino
na zona sul de SP
Guilherme Silva Guedes, de 15
anos, foi torturado e morto
O policial Adriano Fernandes de Campos, suspeito de envolvimento no
caso de Guilherme Silva Guedes, de 15 anos, que foi encontrado morto após ter
desaparecido na madrugada do último domingo (14), já está no presídio Romão
Gomes, no Tremembé, na zona norte.
O PM foi levado nesta quarta-feira (17) para o Departamento de
Homicídios e Proteção à Pessoa - na região central da capital às 18h00 para ser
interrogado. Ele deixou a sede do DHPP às 20h30 e seguiu para o presídio Romão
Gomes, que abriga policiais militares.
Na tarde de quarta-feira (17), o Tribunal de Justiça de São Paulo
acatou o pedido da Polícia Civil e decretou a prisão temporária de 30 dias do
policial militar.
Após ser identificado, o sargento se apresentou na Corregedoria da
Polícia Militar, se manteve em silencio e preferiu não comentar sobre o caso.
De acordo com a Polícia Civil, Adriano é um sargento do BAEP, lotado em
São Bernardo do Campo, na Grande São Paulo. É ele quem aparece nas imagens
registradas momentos antes do desaparecimento do menino. O sargento seria o
homem que olha para a viela e está com as mãos para trás, aparentando estar
armado.
Policial aparece nas últimas
imagens registradas de Guilherme
Segundo a polícia civil, o oficial era dono de uma empresa de segurança
e prestava serviços para uma outra empresa, localizada nas proximidades da casa
de Guilherme. Ainda segundo a PC, o local estaria sendo alvo de vandalismo e
furtos nos últimos dias. Segundo testemunhas, Adriano teria sido chamado por um
porteiro, para impedir os atos criminosos.
A principal hipótese levantada pela polícia é de que o sargento pegou
Guilherme, achando que ele era um dos vândalos, para dar uma "lição"
nele.
A poucos metros da cena do crime foi encontrada uma tarjeta com o nome
de soldado Paulo. A Corregedoria
localizou um soldado com o nome Paulo, que também trabalha no BAEP de São Bernardo
do Campo, com o sargento.
Esse soldado já prestou depoimento à Corregedoria e afirmou que não
participou do crime e apresentou um álibi. O soldado será ouvido novamente no
DHPP.
A polícia sabe também que o sargento não agiu sozinho e não descarta um
ou mais comparsas no crime. Não se sabe, no entanto, se os outros envolvidos
também eram policiais.
O carro visto nas imagens do sequestro é o mesmo veículo que abandonou
o corpo. A polícia acredita que o carro seja do filho do sargento Adriano.
Outros policiais que estavam de serviço na região, no dia do crime,
também estão sendo ouvidos nos Batalhões de Polícia, mas a polícia acredita que
eles não tenham relação com o crime.
Guilherme não tinha passagem pela polícia e foi sequestrado e morto
após voltar de um churrasco na casa da avó.
O Tribunal de Justiça de São Paulo disse que o caso está em segredo de
Justiça e por isso não seria possível ter acesso à decisão.
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