quinta-feira, 18 de junho de 2020

Sargento suspeito por morte de garoto de 15 anos é preso em SP

O sargento Adriano Fernandes de Campos aparece nas imagens registradas momentos antes do desaparecimento do menino na zona sul de SP

Guilherme Silva Guedes, de 15 anos, foi torturado e morto
Guilherme Silva Guedes, de 15 anos, foi torturado e morto

O policial Adriano Fernandes de Campos, suspeito de envolvimento no caso de Guilherme Silva Guedes, de 15 anos, que foi encontrado morto após ter desaparecido na madrugada do último domingo (14), já está no presídio Romão Gomes, no Tremembé, na zona norte.
O PM foi levado nesta quarta-feira (17) para o Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa - na região central da capital às 18h00 para ser interrogado. Ele deixou a sede do DHPP às 20h30 e seguiu para o presídio Romão Gomes, que abriga policiais militares.
Na tarde de quarta-feira (17), o Tribunal de Justiça de São Paulo acatou o pedido da Polícia Civil e decretou a prisão temporária de 30 dias do policial militar.
Após ser identificado, o sargento se apresentou na Corregedoria da Polícia Militar, se manteve em silencio e preferiu não comentar sobre o caso.
De acordo com a Polícia Civil, Adriano é um sargento do BAEP, lotado em São Bernardo do Campo, na Grande São Paulo. É ele quem aparece nas imagens registradas momentos antes do desaparecimento do menino. O sargento seria o homem que olha para a viela e está com as mãos para trás, aparentando estar armado.

Policial aparece nas últimas imagens registradas de Guilherme
Policial aparece nas últimas imagens registradas de Guilherme

Segundo a polícia civil, o oficial era dono de uma empresa de segurança e prestava serviços para uma outra empresa, localizada nas proximidades da casa de Guilherme. Ainda segundo a PC, o local estaria sendo alvo de vandalismo e furtos nos últimos dias. Segundo testemunhas, Adriano teria sido chamado por um porteiro, para impedir os atos criminosos.
A principal hipótese levantada pela polícia é de que o sargento pegou Guilherme, achando que ele era um dos vândalos, para dar uma "lição" nele.
A poucos metros da cena do crime foi encontrada uma tarjeta com o nome de soldado Paulo.  A Corregedoria localizou um soldado com o nome Paulo, que também trabalha no BAEP de São Bernardo do Campo, com o sargento.
Esse soldado já prestou depoimento à Corregedoria e afirmou que não participou do crime e apresentou um álibi. O soldado será ouvido novamente no DHPP.
A polícia sabe também que o sargento não agiu sozinho e não descarta um ou mais comparsas no crime. Não se sabe, no entanto, se os outros envolvidos também eram policiais.
O carro visto nas imagens do sequestro é o mesmo veículo que abandonou o corpo. A polícia acredita que o carro seja do filho do sargento Adriano.
Outros policiais que estavam de serviço na região, no dia do crime, também estão sendo ouvidos nos Batalhões de Polícia, mas a polícia acredita que eles não tenham relação com o crime.
Guilherme não tinha passagem pela polícia e foi sequestrado e morto após voltar de um churrasco na casa da avó.
O Tribunal de Justiça de São Paulo disse que o caso está em segredo de Justiça e por isso não seria possível ter acesso à decisão.

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