Polícia identifica três PMs na
festa ao lado de live interrompida
Aniversariante dança com homem
armado, em festa em Angra dos Reis
Três policiais militares participaram da festa que reuniu cerca de 60
pessoas — entre elas, milicianos — no último domingo (26), numa casa de luxo em
Angra dos Reis, na Costa Verde. Uma operação da Delegacia de Homicídios da
Baixada Fluminense (DHBF) tentou capturar os criminosos durante a comemoração,
mas eles conseguiram escapar por um mangue, após trocar tiros com a polícia. Os
PMs identificados serão ouvidos pela Corregedoria da corporação.
Além dos PMs, três suspeitos de envolvimento com a milícia foram
identificados por meio de vídeos que circulam em redes sociais. Um dos bandidos
identificados é integrante de uma milícia de Angra. Outro é de Curicica, na
Zona Oeste do Rio. Nenhum dos três tem mandado de prisão, mas todos são alvos de
uma investigação da DHBF.
Músicos faziam uma live quando
polícia invadiu o local
Durante a operação, que contou com o apoio de um helicóptero e de
homens da Coordenadoria de Recursos Especiais, os agentes entraram
simultaneamente em um imóvel vizinho, onde o grupo de pagode Aglomerou
realizava uma live. Os músicos tiveram que interromper o show transmitido pela
internet e foram orientados pelos policiais a ficar deitados para se protegerem
dos tiros.
Em nota, a Polícia Civil disse que a live “foi interrompida para evitar
que alguém pudesse ser ferido durante a ação”. Não houve prisões ou baleados.
A polícia já sabe que a festa acontecia pelo menos desde sábado.
Todas as pessoas que permaneceram na casa foram autuadas por violação
de medida sanitária (por realizar aglomeração em período de pandemia).
Havia ainda uma suspeita, que acabou não sendo confirmada, de que
Wellington da Silva Braga, o Ecko, chefe da maior milícia do Rio, estivesse no
local. O dono do imóvel onde a festa se realizou foi ouvido e nada tem a ver
com o grupo paramilitar.
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