terça-feira, 20 de outubro de 2020

Em cinco anos, 125 pessoas foram mortas em chacinas no Ceará

O número era de 120 e, com o caso de Quiterianópolis, subiu para 125 a quantidade de vítimas de chacinas no Estado

CHACINA das Cajazeiras deixou 14 mortos no Forró do Gago e arredores, na madrugada de 27 de janeiro de 2018

Entre 2015 e 2020, 120 pessoas morreram vítimas de chacinas no Ceará. O número representa o recorde dos anos de 2015 a 2020. Contabilizando com a última chacina deste domingo (18), em Quiterianópolis, o número sobe para 125 casos.
Em 2015 foram cinco chacinas, nos meses de agosto, novembro e dezembro. Destes, um dos casos é a chacina de Sobral, onde seis pessoas foram mortas, sendo cinco da mesma família. Outra é a chacina da Messejana, que resultou em 11 pessoas mortas, a maioria jovens sem antecedentes criminais. As vítimas foram atacadas de forma aleatória, alguns estavam nas calçadas de casa quando foram mortas.
Em 2016, uma chacina foi registrada. É o caso da Pacatuba, onde quatro jovens foram mortos. Três deles foram em casa e um quarto foi assassinado no quintal quando tentava fugir.
Já 2017 apresentou quatro casos de mortes múltiplas. Entre eles a chacina do Porto das Dunas, em que seis pessoas foram mortas em uma casa de praia. As vítimas realizavam uma festa quando a casa foi invadida por um automóvel que quebrou o portão. As seis pessoas foram mortas no local.
Em 2018, foram seis casos, uma delas a do Forró do Gago, que foi nas Cajazeiras. Foram 14 pessoas mortas em uma festa, destas, cinco eram mulheres e duas adolescentes. Todos os participantes se tornaram alvo de um grupo de criminosos, que invadiu o evento. Foi considerada a maior chacina da história do Ceará.
E 2018 também foi o ano em que aconteceu o crime de Itapajé, dentro da cadeia pública da cidade, onde 10 pessoas foram mortas e oito saíram feridas. A chacina de Itapajé foi a segunda em menos de 72 horas e a terceira apenas no mês de janeiro, quando foram registradas quatro mortes dentro de uma residência na serra localizada em Maranguape.
Depois, em 2019, seria um ano sem chacinas, segundo a Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social (SSPDS). Uma sequência de mortes no Mondubim era investigada, mas não houve confirmação que se tratava de uma chacina.
Neste ano, uma nova chacina foi registrada em Maranguape, também com quatro mortes. Neste caso, a ocorrência era a mesma do ano de 2018, local onde predominam facções criminosas. Ainda em 2020, o último caso, foi registrado neste domingo (18), quando cinco pessoas foram mortas na cidade de Quiterianópolis. Esta é a segunda chacina do ano.

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