O Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) emitiu, nesta terça-feira
(13), um novo alerta de “perigo” por baixa umidade em 60 municípios cearenses,
nas regiões Sul, Centro-Sul e Sertão dos Inhamuns. Isso acontece quando a
umidade relativa do ar varia entre 12% a 20%, ocasionando um risco maior de
incêndios florestais e danos para a saúde humana.
Além destas 60 cidades, outros 78 municípios estão classificados com
“potencial perigo”, quando a umidade relativa do ar varia entre 20% a 30%,
trazendo danos menores, mas ainda perigosos à saúde humana. Neste caso, as
regiões afetadas são o Sertão Central e Inhamuns, o Vale do Jaguaribe, Norte e
Noroeste cearense.
Monitoramento - Na última segunda-feira, a partir das oito
estações meteorológicas do Instituto instaladas no Ceará, Iguatu apresentou a
situação mais preocupante, com umidade relativa do ar chegando a 13%. Também
abaixo de 30% estão: Morada Nova (19%), Crateús (25%), Barbalha (26%), Sobral
(26%) e Jaguaruana (27%). A situação é mais confortável em Tianguá (38%) e
Fortaleza (46%).
A Fundação Cearense de Meteorologia e Recursos Hídricos (Funceme), aponta
que o interior do Estado, especialmente na região Centro-Sul, onde está Iguatu,
é a área onde a umidade relativa do ar costuma apresentar índices mais baixos
nessa época do ano.
Outros fatores que contribuem para a taxa de umidade relativa do ar ser
mais preocupante no interior é a continentalidade, ou seja, a distância do oceano.
Além disso, os ventos mais fortes ajudam a aumentar a evapotranspiração da
vegetação, já castigada pelo solo seco e a falta de chuvas.
Já no litoral cearense, a umidade proveniente da evaporação da água do
mar, que é transportada ao continente pelos ventos, torna este fenômeno menos
agravante.
Cuidados - A Organização Mundial de Saúde (OMS)
classifica como alerta, já que, entre os possíveis impactos, estão o
ressecamento da pele, desconforto nos olhos, boca e nariz. Segundo a OMS,
quando o índice de umidade relativa do ar ficar abaixo dos 30%, o quadro já é
considerado preocupante, pois o nível ideal vai de 60 a 80%.
Num cenário como este, recomenda-se o consumo de líquidos
“principalmente água”, evitar exposição em horários mais quentes, das 10h às
16h, usar hidrante para a pele e, se possível, de algum tipo de umidificador de
ambiente.
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