A segunda fase da Operação Km Livre investiga também fraudes em licitações para compra de veículos e motos
A Polícia Federal cumpre 27 mandados de busca e apreensão contra
fraudes na contratação de serviços de locação de veículos e motocicletas com
desvio de recursos públicos, fraudes em licitações e lavagem de dinheiro. De
acordo com a Polícia Federal o grupo é liderado por um investigado que exerceu
mandatos de deputado federal e deputado estadual no Estado do Ceará no período
da investigação. O nome dele não foi
divulgado.
Os mandados fazem parte da segunda fase da Operação Km Livre e ocorrem
em Fortaleza, Caucaia, Russas, Mossoró, no Rio Grande do Norte e no Rio de
Janeiro.
Há fortes evidências, segundo a polícia, de lavagem de dinheiro ilícito
por meio da aquisição clandestina de corretoras valores e de sociedades em
conta de participação do ramo de energia eólica, com a ajuda estratégica de
operadores do mercado financeiro. A polícia afirmou ainda que existe indícios
da participação de agentes públicos nos crimes investigados.
Primeira fase da operação - A primeira fase da Operação Km Livre foi
deflagrada no ano de 2016, ocasião em que houve a apreensão de mais de R$ 5
milhões em dinheiro na sede de uma das empresas investigadas, no bairro de
Fátima, em Fortaleza.
A investigação policial identificou, a partir desses valores,
documentos e dados apreendidos na primeira fase, a atuação da organização
criminosa na criação de empresas com participação de “laranjas”, isto é,
pessoas atuando em nome de terceiros investigados, reais gestores das empresas
investigadas; atuação em fraudes em licitações; desvios de recursos públicos;
lavagem de dinheiro com aquisição de imóveis, empresas e transações no mercado
financeiro. A organização criminosa investigada atua há cerca de vinte anos e,
desde então, tem obtido consecutivos e progressivos êxitos nas empreitadas
criminosas objeto de investigação.
Atuação do grupo criminoso - A organização criminosa atua há cerca de
vinte anos e, desde então, tem obtido consecutivos e progressivos êxitos nas
empreitadas criminosas, gerando lucros ilícitos. A Polícia Federal continua a
investigação, com análise do material apreendido na Operação Km Livre – 2º
fase, com o fim de detalhar a atuação de cada investigado na organização
criminosa.
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