Na operação, a PF apreendeu R$ 1,9 milhão em espécie em um escritório
O ex-deputado federal e estadual cearense, Adail Carneiro
(Podemos), foi preso nesta quinta-feira (19),
por agentes da Polícia Federal e fiscais da Controladoria Geral da União (CGU),
nas diligências efetuadas na “Operação KM Livre”. Ele é apontado nas
investigações da PF como o chefe de uma organização criminosa que, nos últimos
20 anos, movimentou cerca de R$ 60 milhões em licitações para a prestação de
serviço à Prefeitura de Fortaleza.
Carneiro recebeu voz de
prisão non escritório de sua empresa de locação de veículos, no bairro de
Fátima, em Fortaleza, onde os agentes federais encontraram cerca de R$2 milhões
em espécies, ocultados em caixas de papelão usadas para embalar televisores de
grandes telas. A PF não divulgou
oficialmente o nome do político, mas garantiu que a prisão do “alvo” aconteceu
no mesmo local onde foram apreendidos cerca de R$ 6,9 milhões na primeira fase
da mesma operação, em 2016.
De acordo com a PF, as
fraudes em licitações para a locação de veículos para a Prefeitura de Fortaleza
atingiram, nos últimos 20 anos, diversas gestões. A organização criminosa
chefiada por Adail Carneiro, conforme as investigações, criava empresas
“fantasmas” com o nome de “laranjas” para eliminar a concorrência e sempre
vencer as licitações para lugar carros para a prefeitura da Capital cearense.
Ainda de acordo com a
PF, Adail Carneiro é dono de, ao menos, 10 empresas do ramo de locação de
veículos. Na apuração dos crimes ficou
evidenciado forte indícios de “lavagem” de dinheiro por meio da compra de
corretoras de valores e de sociedade em empresas de geração de energia eólica,
com a colaboração estratégica de operadores do mercado financeiro.
A PF revelou também que
estão sendo investigados outros políticos, empresários e gestores públicos da
administração da Prefeitura de Fortaleza das gestões dos últimos 20 anos,
período que, segundo a PF, a organização criminosa atuou.
Na operação realizada
na manhã de hoje, dezenas de policiais federais e agentes da AGU cumpriram 27
mandados judiciais de busca e apreensão em Fortaleza, Russas, Caucaia, Mossoró
(RN) e no Rio de Janeiro (Capital).
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