A operação cumpre 23 mandados judiciais de prisões e busca e apreensão no Ceará e em São Paulo
O Ministério Público do Estado do Ceará, por meio do Grupo de Atuação
Especial de Combate às Organizações Criminosas (GAECO), deflagrou na manhã
desta sexta-feira (18) a “Operação Ponto
Cego”, para desarticular uma facção criminosa com atuação em todo território
nacional, especialmente no Ceará, O Primeiro Comando da Capital (PCC).
A operação visa cumprir 23 mandados de prisão e de busca apreensão nas
cidades de Fortaleza (04), Maracanaú (01) e Icó (01), no Ceará, e no município
de Martinópolis (01), em São Paulo. Os demais mandados serão cumpridos no
sistema penitenciário do Ceará: CPPL 2 (02), CPPL 3 (11), CPPL 4 (02) e UP de
Pacatuba (01). Entre os alvos está um dos fundadores da facção criminosa. Os
mandados judiciais foram expedidos pela Vara de Delitos de Organizações
Criminosas.
O grupo é acusado de vários crimes, como organização criminosa, tráfico
de entorpecentes e de armas, associação para o tráfico, homicídios, assaltos,
entre outros. A operação conta com o apoio da Coordenadoria de Inteligência
(Coin) e da Coordenadoria Integrada de Planejamento Operacional (Copol) da Secretaria
de Segurança Pública e Defesa Social do Estado, da Secretaria de Administração
Penitenciária do Estado (Sap) e do Ministério Público do Estado de São Paulo.
Investigação - A investigação sobre a atuação do PCC no
Ceará começou em maio de 2015. No curso dos trabalhos, foi possível descobrir
um complexo organograma com toda estrutura da facção criminosa. , especialmente
os ocupantes e seus “cargos” na organização, como por exemplo: “final do
sistema do Estado do Ceará”; “geral das comarcas do Estado do Ceará”; “geral do
sistema”; “geral das facções”; “salveiro do Estado do Ceará”; “geral das
gravatas do Estado do Ceará”; “geral da RF do Estado do Ceará”; “final do
Estado“; “geral do sistema”; “geral das trancas” e “final da rua do Estado do
Ceará”. Cada posto tem uma função estratégica no grupo.
Os membros da facção, em sua maioria, ocupavam posições de comando
dentro da organização criminosa e praticavam uma série de graves infrações
penais, principalmente tráfico ilícito de drogas, a associação para o tráfico,
comércio irregular de arma de fogo e o planejamento de assaltos e homicídios,
tanto na capital quanto no interior do Estado.
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