Uma das lideranças da organização criminosa de origem
paulista foi alvo de prisão requerida pelo Gaeco, do Ministério Público do
Estado - Ele foi um dos fundadores do braço cearense do grupo
A operação Ponto Cego, deflagrada na última sexta-feira (18) contra
lideranças do Primeiro Comando da Capital (PCC) com vinculações e ações escusas
no Ceará, expediu um mandado de prisão, em São Paulo, contra um homem, cujo
nome não foi divulgado, mas que opera como um dos fundadores do braço da facção
criminosa aqui no Estado.
De acordo com o promotor de Justiça Adriano Saraiva, membro do Grupo Especial
de Combate às Organizações Criminosas (Gaeco), do Ministério Público do Ceará
(MPCE), o mandado de prisão expedido na cidade de Martinópolis, em São Paulo,
visava à captura deste suspeito. "É a grande liderança nacional da facção,
é ele que foi preso lá. Martinópolis é perto daquela Penitenciária Presidente
Venceslau, onde fica uma das ramificações do PCC".
Foi na unidade prisional que o maior líder do grupo, Marco Willians
Herbas Camacho, o Marcola, ficou preso entre 2007 e 2019. Ele e outros 14
integrantes da elite da organização criminosa foram transferidos para
penitenciárias federais, visando à desarticulação da facção no presídio
paulista. Conforme Adriano Saraiva, essa liderança de São Paulo tem mais peso
do que a que foi presa aqui e também aparece como uma das fundadoras da
organização no Ceará. "Ele atuava aqui, ele é quem trazia as informações
de lá (SP), ajudou essa pessoa a implantar a estrutura do PCC aqui",
comenta o promotor.
Sigilo - Os nomes de todos os alvos dos mandados de prisão e busca e apreensão não foram divulgados pelo MPCE. O processo tramita em segredo de Justiça, e a justificativa é que a divulgação pode atrapalhar as investigações.
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