sábado, 19 de dezembro de 2020

Preso em operação, líder do PCC ajudou a implantar facção no Ceará

Uma das lideranças da organização criminosa de origem paulista foi alvo de prisão requerida pelo Gaeco, do Ministério Público do Estado - Ele foi um dos fundadores do braço cearense do grupo

A operação do Gaeco também cumpriu mandados contra integrantes da facção dentro do Sistema Penitenciário

A operação Ponto Cego, deflagrada na última sexta-feira (18) contra lideranças do Primeiro Comando da Capital (PCC) com vinculações e ações escusas no Ceará, expediu um mandado de prisão, em São Paulo, contra um homem, cujo nome não foi divulgado, mas que opera como um dos fundadores do braço da facção criminosa aqui no Estado.
De acordo com o promotor de Justiça Adriano Saraiva, membro do Grupo Especial de Combate às Organizações Criminosas (Gaeco), do Ministério Público do Ceará (MPCE), o mandado de prisão expedido na cidade de Martinópolis, em São Paulo, visava à captura deste suspeito. "É a grande liderança nacional da facção, é ele que foi preso lá. Martinópolis é perto daquela Penitenciária Presidente Venceslau, onde fica uma das ramificações do PCC".
Foi na unidade prisional que o maior líder do grupo, Marco Willians Herbas Camacho, o Marcola, ficou preso entre 2007 e 2019. Ele e outros 14 integrantes da elite da organização criminosa foram transferidos para penitenciárias federais, visando à desarticulação da facção no presídio paulista. Conforme Adriano Saraiva, essa liderança de São Paulo tem mais peso do que a que foi presa aqui e também aparece como uma das fundadoras da organização no Ceará. "Ele atuava aqui, ele é quem trazia as informações de lá (SP), ajudou essa pessoa a implantar a estrutura do PCC aqui", comenta o promotor.

Sigilo - Os nomes de todos os alvos dos mandados de prisão e busca e apreensão não foram divulgados pelo MPCE. O processo tramita em segredo de Justiça, e a justificativa é que a divulgação pode atrapalhar as investigações.

Nenhum comentário:

Postar um comentário