O Kaletra, para crianças que vivem com o vírus, está em falta
no estado
Os medicamentos Lamivudina, Raltegravir e Etravirina, antirretrovirais
essenciais a pessoas que vivem com HIV/Aids, estão com o estoque baixo no
Ceará. O repasse é feito pelo Ministério da Saúde (MS). O Kaletra, direcionado
a crianças com o vírus, está completamente em falta.
A pouca quantidade faz com que os usuários que devem receber o
necessário para 90 dias, recebam apenas para 30. A suspensão do uso no
tratamento pode levar ao enfraquecimento do sistema imunológico do paciente, e
à multiplicação do vírus HIV.
A Secretaria da Saúde do Ceará (Sesa) informou que a previsão de
chegada do Lamivudina e do Raltegravir é dia 22 de dezembro, enquanto a o
Etravirina deve chegar até a primeira quinzena de janeiro de 2021.
A RNP+CE enviou um ofício ao MS, no último dia 10, cobrando informações
sobre a reposição dos remédios. Não há previsão de reposição do Kaletra.
O baixo estoque ocorre em plena campanha do Dezembro Vermelho, mês de
conscientização e combate à Aids. Segundo o ofício da RNP, o Governo Federal
vai na contramão dos direitos das pessoas com HIV.
A situação é prejudicial ao tratamento dos pacientes. "Com a
pandemia, os pacientes se preocuparam em ir buscar seus medicamentos por medo
do contágio. E se esse período diminui de 90 para 30 dias, eles precisam ir
mensalmente ao local de entrega".
Nenhum comentário:
Postar um comentário