quarta-feira, 16 de dezembro de 2020

Remédio contra HIV/Aids está em falta no Ceará, e outros três têm baixo estoque

O Kaletra, para crianças que vivem com o vírus, está em falta no estado

Os medicamentos Lamivudina, Raltegravir e Etravirina, antirretrovirais essenciais a pessoas que vivem com HIV/Aids, estão com o estoque baixo no Ceará. O repasse é feito pelo Ministério da Saúde (MS). O Kaletra, direcionado a crianças com o vírus, está completamente em falta.
A pouca quantidade faz com que os usuários que devem receber o necessário para 90 dias, recebam apenas para 30. A suspensão do uso no tratamento pode levar ao enfraquecimento do sistema imunológico do paciente, e à multiplicação do vírus HIV.
A Secretaria da Saúde do Ceará (Sesa) informou que a previsão de chegada do Lamivudina e do Raltegravir é dia 22 de dezembro, enquanto a o Etravirina deve chegar até a primeira quinzena de janeiro de 2021.
A RNP+CE enviou um ofício ao MS, no último dia 10, cobrando informações sobre a reposição dos remédios. Não há previsão de reposição do Kaletra.
O baixo estoque ocorre em plena campanha do Dezembro Vermelho, mês de conscientização e combate à Aids. Segundo o ofício da RNP, o Governo Federal vai na contramão dos direitos das pessoas com HIV.
A situação é prejudicial ao tratamento dos pacientes. "Com a pandemia, os pacientes se preocuparam em ir buscar seus medicamentos por medo do contágio. E se esse período diminui de 90 para 30 dias, eles precisam ir mensalmente ao local de entrega".

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