Dois policiais militares são réus pelo assassinato de dois
jovens, após uma briga em uma festa, em Fortaleza
A Justiça Estadual retirou a tornozeleira eletrônica do soldado da
Polícia Militar do Ceará (PMCE) Samuel Ferreira Magalhães, acusado junto de
outro PM de cometer um duplo homicídio, no bairro Mondubim, em Fortaleza.
A decisão foi proferida pela 1ª Vara do Júri de Fortaleza, no dia 19 de
dezembro do ano passado, e publicada no Diário da Justiça Eletrônico da última
segunda-feira (11).
O outro policial militar, Willamy Félix Amaral, denunciado pelo crime
também teve o monitoramento eletrônico retirado. O Ministério Público do Ceará
(MPCE) foi de acordo.
Entretanto, o soldado tem de continuar cumprindo as outras medidas
cautelares: proibição de manter contato por quaisquer meios com as vítimas
sobreviventes e testemunhas do processo; recolhimento domiciliar das 20h às 6h
do dia seguinte, salvo para exercer sua atividade laboral e ter atendimento
médico; comunicação de eventual mudança do endereço; e comparecimento a todos
os atos processuais para o qual for intimado.
Crime ocorreu após briga em festa
- De acordo com a denúncia do
MPCE, os dois policiais militares, em uma motocicleta, perseguiram e executaram
os jovens Francisco Augusto Militão da Silva, de 18 anos, e Willian da Silva
Cunha, 21, na madrugada de 11 de janeiro de 2020. Um terceiro jovem ainda foi
baleado. O motivo do crime seria uma confusão ocorrida em uma festa, também no
Mondubim.
Um quarto jovem, identificado como Leonardo de Sousa Soares, amigo dos
três baleados naquela ação criminosa, testemunhou o tiroteio. Ele prestaria
depoimento à Polícia Civil sobre o duplo homicídio no dia 14 de janeiro do ano
passado, mas foi assassinado no dia anterior. O caso e a possível ligação com
as outras execuções são investigados pelo Departamento de Homicídios e Proteção
à Pessoa (DHPP).
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