Três meses após ter a prisão decretada pela Justiça a pedido da Polícia
Civil e do Ministério Público, um policial militar continua foragido e
desafiando as autoridades do Judiciário e o Comando da própria Corporação. O militar é acusado de uma série de crimes,
entre eles assassinatos, na região do Sertão Central do Ceará.
O militar foragido trata-se do sargento
PM Everaldo Florêncio de Almeida, cujo mandado de prisão chegou a “sumir”
do Sistema de Informações Policiais (SIP), embora permaneça ativo no banco de
mandados do Conselho Nacional de Justiça (CNJ). Everaldo estaria continuando a
circular livremente pela região onde é temido por ter cometido vários crimes.
A região onde o militar estaria circulando trata-se do Distrito de
Barra do Sitiá, na zona rural do Município de Banabuiú. No mês passado, o Ministério Público junto à
Comarca de Quixadá solicitou providência ao Judiciário para que a ordem de
prisão fosse cumprida pelas autoridades da Segurança Pública. Até agora, porém,
nada foi feito.
Everaldo foi “alvo” de uma investigação policial realizada em conjunto
pelo Ministério Público do Estado do Ceará, pelo Departamento de Homicídios e
Proteção à Pessoa (DHPP) e pela Comarca de Quixadá, fato que resultou no
desmantelamento de uma organização criminosa responsável, segundo as
autoridades, por vários assassinatos e outros crimes graves ocorridos nos
últimos anos em Banabuiú.
Operação desmantelou bando = Em outubro último (2020), uma força-tarefa
composta pela Polícia Civil, Polícia Militar e pela Controladoria Geral de
Disciplina (CGD) prendeu, ao menos, quatro integrantes da quadrilha dos
“Florêncio”. Foram presos: Edwardes Moreira Florêncio (sargento da PM e irmão
de Everaldo), Edivardo Florêncio de Almeida (pai dos dois militares), e ainda
um pistoleiro da quadrilha identificado como
James de Oliveira Bandeira, o “Coquinho” (acusado de, ao menos, dois
assassinatos em Banabuiú).
Na mesma operação, também foram presas por ordem da Justiça, sob a
acusação de integrarem a quadrilha dos “Florêncio”, as seguintes pessoas: Sara
Raquel Florêncio Oliveira, 30 anos (sem antecedentes criminais); Adriano
Pereira Negreiros, 34 (com antecedentes por porte ilegal de armas de uso
restrito), Antônio Heldo de Paula Lima, 47 (com antecedentes por porte ilegal
de arma) e Enivaldo Moreira Florêncio, 46 (porte ilegal de armas).
As buscas aos acusados se estenderam do Ceará até a cidade de Balsas,
no Interior do estado do Maranhão, onde o pistoleiro “Coquinho” foi
capturado. Ao menos, 10 armas de fogo,
entre elas, um fuzil, foram apreendidas com a quadrilha.
Na época, o delegado Márcio Lopes, do DHPP e responsável pelas
investigações no âmbito da Polícia Civil, classificou a quadrilha como
extremamente perigosa e envolvida numa briga entre famílias em Banabuiú, que teve
início em 1999. “De lá para cá, isso vem se arrastando com vários homicídios,
tentativas de assassinatos e ameaças”.
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