Justiça Estadual aceitou aditamento à denúncia - Irmão,
filhos e enteado da vereadora também respondem pelas sete mortes
A vereadora Edivanda de
Azevedo, o irmão, o enteado e outro acusado viraram réus, na Justiça Estadual,
por participação na chacina que deixou sete mortos em Ibaretama, em novembro do
ano passado. Dois filhos de Edivanda e um terceiro homem já tinham se tornado
réus no processo criminal.
O Ministério Público do
Ceará (MPCE) acrescentou à denúncia os nomes de Edivanda, Edvan Lopes dos
Santos Azevedo, Josenias Paiva Lima de Andrade e João Paulo de Oliveira
Campelo, na última terça-feira (19), e a Vara Única Criminal de Quixadá aceitou
o pedido, na quinta (21).
Conforme a denúncia,
Edivanda, o irmão Edvan e o enteado Josenias tinham conhecimento e deram apoio
à ação criminosa. A família teria ordenado a chacina como represália a um roubo
a uma residência, em que as vítimas da matança - supostos integrantes de uma
facção cearense - teriam participado. Além disso, era de interesse da vereadora
acabar com os assaltos recorrentes na região, que é reduto político da mesma.
Já João Paulo é
apontado como integrante de uma facção criminosa carioca, rival da facção
cearense. E admitiu, ainda, ter participado da ação criminosa para se vingar de
um assalto à casa de sua mãe, quando armas de fogo foram colocadas na cabeça
dos sobrinhos dele.
O grupo irá responder
na Justiça Estadual por sete homicídios, contra Luana Melo da Costa, Osvaldo da
Silva Lima, Wellington Lima Silva, Eduardo de Lima Silva, Francisco Gabriel
Pereira da Silva, Edinardo de Lima Silva e Willian da Silva Rodrigues, e ainda
uma tentativa de homicídio.
As vítimas dormiam em
uma residência na localidade de Ouro Preto, distrito de Pedra e Cal, em
Ibaretama, na madrugada de 26 de novembro do ano passado, quando foram
surpreendidas por criminosos e mortas a tiros. Entre as vítimas estão mulheres
e uma criança de apenas 6 anos.
Filhos de vereadora acusados - Outros três homens completam a lista de réus da Chacina de Ibaretama.
Entre eles estão Francisco Victor Azevedo Lima e Kelvin Azevedo Lima, filhos da
vereadora Edivanda de Azevedo, que também teriam dado apoio logístico ao crime.
O último réu é Wandeson
Delfino de Queiroz, conhecido como 'Interior', apontado pela investigação como
líder de uma facção criminosa e comandante da matança. Ele é o único acusado
que segue foragido.
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