O MPF pede que os gestores sejam condenados à perda da função
pública, com suspensão dos direitos políticos de três a cinco anos
O Ministério Público Federal (MPF) ingressou com ação civil por
improbidade administrativa contra o prefeito e a secretária de Saúde de
Guaraciaba do Norte, no interior do Ceará, por terem “furado a fila” de
vacinação contra a Covid-19, no entendimento do órgão.
De acordo com o MPF, Adail Machado (MDB) e Roberta Caroliny de Paiva
Firmino, que não fazem parte do grupo prioritário da primeira fase,
aproveitaram-se dos cargos públicos que ocupam para tomarem doses do
imunizante, desconsiderando totalmente os critérios estipulados pelo Ministério
da Saúde e pelo Governo do Ceará. Na ação, o MPF pede que os gestores sejam
condenados.
‘Fura-filas’M - Adail Machado, com 58 anos de idade, recebeu, com autorização da
secretária de Saúde, vacina do primeiro lote que chegou a Guaraciaba do Norte
em janeiro deste ano e que era destinado à imunização de trabalhadores da Saúde
que atuam na linha de frente de combate à pandemia e a idosos
institucionalizados.
O prefeito, inclusive, foi o segundo a ser vacinado no município. Já
Roberta Caroliny, que tem 40 anos e também não atua na linha de frente, recebeu
a vacina no início de fevereiro, também antes de pessoas do grupo prioritário
da primeira fase.
Durante as investigações, o MPF comprovou que, embora seja médico,
Adail Machado não é profissional de saúde da linha frente do combate à Covid-19
no município de Guaraciaba do Norte. Para o MPF, a vacinação do prefeito é
totalmente ímproba, imoral, desonesta e corrupta.
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