A jovem morava no Bairro São Cristóvão, na capital
fluminense, quando se envolveu com um homem de 25 anos - Ela veio com ele para
o Ceará, e foi encontrada presa em uma casa no município de Catunda
A Polícia Civil resgatou na última quinta-feira (15) uma adolescente de
16 anos que abandonou a família no Rio de Janeiro para vir ao Ceará após
iniciar um relacionamento com um homem de 25 anos no fim de 2020. A jovem foi
encontrada trancada em uma casa no município de Catunda, no interior cearense,
e estava em situação de vulnerabilidade.
De acordo com a Polícia Civil, a adolescente morava no Bairro São
Cristóvão, na capital fluminense, quando se envolveu com o cearense. Em 25 de
dezembro, ela comunicou à família que sairia de casa para morar com uma amiga
em uma comunidade na cidade, mas ao ser procurada pelos parentes no local, ela
não foi encontrada.
A família buscou contato com a adolescente por telefone, aplicativo de
mensagem e rede social, mas foi bloqueada em todos os meios de comunicação. Por
meio de contato com amigos, os parentes descobriram que a adolescente havia
viajado para o Ceará, onde o seu companheiro possui familiares.
Após investigações da Polícia Civil dos dois estados, os agentes
descobriram o endereço onde o homem reside, mas ele não estava no local. Após
buscas, ele foi encontrado no imóvel de um tio, que confirmou saber a
localização da vítima, em uma residência na zona rural de Catunda.
Trancada e sem as chaves - Segundo a Delegacia do Departamento de
Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), a jovem não tinha sequer as chaves da
casa onde estava trancada. “A vítima estava em situação de vulnerabilidade
dentro de uma casa toda fechada e onde ela não tinha acesso às chaves. Apesar
disso, garantiu que o isolamento era voluntário para não se contaminar com
coronavírus, mas tudo indicava que o relacionamento era muito abusivo”.
Após o resgate, a vítima foi encaminhada à casa da família, no Rio de
Janeiro. O companheiro da adolescente, sem antecedentes criminais, foi
liberado. Ainda assim, o caso será investigado pela Delegacia da Criança e do
Adolescente Vítima (Decav) da Polícia Civil do Rio de Janeiro, com apoio da Polícia
Civil do Estado do Ceará.
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