Um policial militar foi filmado ajudando um
vendedor a recolher chicletes caídos no chão, na última quinta-feira (17), em
Juazeiro do Norte, no Cariri cearense. Um motorista que parou atrás do carro da
polícia presenciou a ação e resolveu gravar o momento com o próprio celular.
“Hoje eu tive a felicidade de filmar um policial
militar em uma atitude que a gente queria ver com mais frequência em qualquer
ser humano, independente da farda que carrega ou da corporação que defende”,
comentou o autônomo Clóvis Alirio, motorista que filmou a ação.
Ele revela que o vendedor derrubou os produtos no
chão quando tentava vender os chicletes em um semáforo na avenida Padre Cícero.
“Quando o sinal fechou, ele se apressou para vender, acabou tropeçando e
derrubando os produtos. Prontamente, ele [policial] parou e foi ajudar aquela
pessoa a recolher os produtos do chão”.
‘Questão de empatia’
- O policial filmado é o 2º sargento Nonato, do Batalhão de Policiamento de
Rondas e Ações Intensivas e Ostensivas (BPRaio) de Juazeiro do Norte. Ele
explica porque resolveu parar e ajudar o vendedor.
“Eu me deparei com um senhor de idade que estava no
meio da pista, no sol de meio-dia, catando chicletes que ele vendia no
semáforo. Eu percebi que algumas pessoas passavam e não paravam para ajudar. Eu
vi que ele estava em perigo de ser atropelado, então eu não pensei duas vezes,
desci da viatura, ajudei ele a pegar os chicletes e ajudei a tirar ele do meio
da pista. Nesse momento, senti que estava fazendo a coisa certa porque a gente
tem de se colocar no lugar do outro. É a questão da empatia e que esse pequeno
gesto possa fazer com que as pessoas reflitam sobre o valor da vida e a
importância de um se colocar no lugar do outro”, destaca o policial.
Clóvis revela que outra atitude do mesmo policial havia chamado a atenção dele
momentos antes, quando ele buscava o filho em uma escola. “Na saída do colégio,
tem uma faixa de pedestres que as pessoas não costumam respeitar. Essa viatura
já me chamou a atenção desde lá porque ele parou na faixa e interrompeu o
trânsito para que as crianças passassem”.
“Isso me chamou a atenção por dois fatores.
Primeiro porque as atitudes empáticas estão cada dia mais difíceis, e segundo
porque ele representa uma corporação que a gente só costuma ver em destaque em
momentos de tensão e violência”.
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