segunda-feira, 9 de agosto de 2021

Acusado de matar ex-companheira em Milagres, sobrevivente e testemunhas serão ouvidos na Justiça

Primeira audiência de instrução do processo criminal está marcada para a próxima terça-feira


Cícera Samires dos Santos Souza foi morta a tiros pelo namorado quando trabalhava como vendedora em uma ótica na cidade de Milagres

A primeira audiência de instrução do feminicídio contra Cícera Samires dos Santos Souza e da tentativa de homicídio contra uma amiga dela, ocorridos no Município de Milagres, acontecerá na próxima terça-feira (10), na Justiça Estadual. O acusado pelos crimes que chocaram a Região do Cariri, Hélio Adelino da Silva, a vítima sobrevivente e testemunhas serão ouvidas pelo juiz, por videoconferência.
A audiência está marcada desde o dia 28 de junho deste ano e as partes já foram intimadas para participar. Hélio deve entrar na sala virtual direto da Cadeia Pública de Juazeiro do Norte, onde está preso. Entre as testemunhas estão familiares de Cícera e policiais que atenderam a ocorrência.
Os crimes aconteceram na manhã de 10 de novembro de 2020. De acordo com a denúncia do Ministério Público do Ceará (MPCE), Hélio Adelino invadiu uma ótica, localizada no Centro de Milagres, e efetuou "vários disparos a queima roupa" que mataram Cícera Samiris.
Em seguida, o acusado recarregou a arma e se dirigiu a outra loja, de produtos para bebês, para procurar uma amiga de Cícera. "Cadê a outra rapariga? Cadê tu, rapariga? Tu tá onde?", disse ele, segundo o MPCE. A mulher conseguiu se esconder e o homem fugiu. Mesmo assim, o órgão acusatório entendeu que ele cometeu uma tentativa de homicídio.
As polícias Civil e Militar começaram uma busca intensiva pelo suspeito por Milagres e cidades vizinhas, que culminou na sua prisão, na Zona Rural do mesmo Município onde aconteceram os crimes, dois dias depois.
Familiares de Cícera contaram à Polícia que ela e Hélio estavam separadas há cerca de duas semanas. Após voltar de uma viagem, a mulher começou a receber áudios com ameaças de morte do ex-companheiro.
Um dia antes do feminicídio, o acusado foi até a residência da ex-companheira, na sua ausência, e rasgou várias roupas dela com uma faca. O comportamento agressivo do homem fez ela registrar um Boletim de Ocorrência (B.O.) naquele mesmo dia.

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