quarta-feira, 6 de outubro de 2021

Denúncia contra 26 policiais - Delegadas acusadas de extorsão e tortura usam tornozeleira eletrônica

Delegadas são Patrícia Bezerra de Souza Dias Branco e Anna Cláudia Nery - Além das delegadas, 20 inspetores da Polícia Civil e um escrivão utilizam a tornozeleira eletrônica

Anna Cláudia Nery, lotada na Delegacia da Mulher e Patrícia Bezerra de Souza Dias Branco, delegada, da Assessoria Jurídica da Polícia Civil do Ceará

As delegadas de polícia civil Patrícia Bezerra de Souza Dias Branco e Anna Cláudia Nery passaram a usar tornozeleira eletrônica. A decisão da Justiça do Ceará obrigou mais de 20 policiais civis serem monitorados. Além das duas delegadas, estão com o equipamento 20 inspetores da Polícia Civil e um escrivão.
Segundo a denúncia do Ministério Público, um grupo de policiais montou um esquema para extorquir dinheiro de traficantes. Eles usavam "informantes" de facções rivais para delatar criminosos com dinheiro que seria tomado por policiais. Em alguns casos, havia tortura.
As delegadas são investigadas por suspeita de liderarem um grupo acusado por crimes como extorsão, corrupção, associação criminosa, tráfico de drogas, falsidade ideológica e peculato.
Anna Cláudia Nery está afastada das funções na Delegacia da Mulher; e Patrícia Bezerra, da Assessoria Jurídica da Polícia Civil do Ceará.
Os sindicatos e entidades que representam esses policiais pedem a retirada do equipamento. A Associação dos Delegados de Polícia Civil do Ceará (Adepol-CE) afirmou que entrou com um recurso pedindo a revogação da decisão.
Para o Ministério Público do Estado, o uso da tornozeleira eletrônica é uma medida "ainda suficiente", considerando as acusações suspeitas que pesam contra os policiais. No entanto, a Justiça do Ceará entendeu que era o caso de tornozeleira eletrônica.

Quebra de sigilo dos aparelhos telefônicos dos investigados - A Justiça autorizou a quebra de sigilo dos aparelhos telefônicos dos investigados, de onde as conversas interceptadas durante a investigação foram trocadas, a quebra de sigilo bancário, busca e apreensão nas residências e locais de trabalho de parte dos acusados e ainda o uso de tornozeleira eletrônica.

Os investigados são

22 inspetores da Polícia Civil

Três delegados

Um escrivão

Seis informantes

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