Outros três policiais acusados de participar da Chacina de
Quiterianópolis permanecem presos - O crime completou um ano neste mês de
outubro
Um dos policiais
militares réus no processo da Chacina em Quiterianópolis foi solto. Na última sexta-feira
(29), o sargento Cícero Araújo Veras voltou
à liberdade após decisão judicial proferida pelo magistrado da Vara Única
Criminal de Tauá. O colegiado de juizes considerou que no momento não havia
indícios suficientes para manter a prisão do PM.
Na mesma decisão proferida nesta semana foram mantidas as prisões de outros
três policiais réus pelo mesmo crime. O
cabo Francisco Fabrício Paiva, o soldado Dian Carlos Pontes Carvalho e o
tenente Charles Jones Lemos Júnior permanecem em cárcere sob acusação de
participarem de cinco mortes. O Ministério Público do Ceará (MPCE) havia
emitido parecer contrário à soltura de todos os agentes.
Foram impostas medidas cautelares para o sargento ser solto. Dentre elas,
Cícero deve ser monitorado com tornozeleira eletrônica e está proibido de
manter contato com a vítima sobrevivente, seus familiares e testemunhas do
processo. O sargento ainda deve se recolher em casa no período noturno, das 18h
às 6h, conforme decisão emitida na Vara Única Criminal de Tauá.
PARTICIPAÇÃO NA CHACINA - O Judiciário concordou
com o MPCE sobre manter a prisão dos demais PMs considerando que permanecem
sérios elementos que indicam a necessidade do cárcere para manter a ordem
pública.
Para o colegiado, há indícios suficientes de autoria em relação aos
denunciados Francisco Fabrício, Dian Carlos e Charles Jones, porque pelo que
foi trazido pelas testemunhas oculares os executores possivelmente estavam nos
veículos envolvidos no crime.
A investigação apontou que os servidores públicos utilizaram, no crime,
viatura descaracterizada e armamento pesado da Polícia Militar do Ceará (PMCE).
Em depoimento, Charles, Fabrício e Dian (presos temporariamente em 15 de
dezembro de 2020) alegaram que estavam em Quiterianópolis para procurar por um
tio e um sobrinho envolvidos com o tráfico de drogas e com agiotagem e, por
isso, realizaram várias diligências no Município, durante dias seguidos.
Entretanto, os policiais não teriam encontrado os alvos.
Um dos informantes da composição policial era justamente o sargento Cícero,
que, mesmo de folga, estaria trafegando na viatura descaracterizada junto dos
colegas, o que fez a Polícia Civil deduzir que ele também participou da
Chacina.
AS VÍTIMAS
Irineu Simão do Nascimento,
25 anos
José Reinaque Rodrigues
de Andrade, 31 anos
Etivaldo Silva Gomes,
23 anos
Antônio Leonardo
Oliveira Silva, 19 anos
Gionnar Coelho Loiola,
31 anos
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