Ainda não se sabe qual agente fez o disparo - O inquérito
deve ser encerrado até o início de 2022 - O Ministério Público já denunciou
cinco policiais por terem alterado a cena do crime
Kethlen foi morta no Complexo do Lins
A Delegacia de
Homicídios da Capital já concluiu que um policial militar foi o responsável
pelo tiro que matou Kathlen Oliveira
Romeu, de 24 anos, em junho de 2021. A morte aconteceu no Complexo do Lins.
O inquérito deve ser encerrado até o início de 2022.
A informação está no laudo da reprodução simulada do caso e foi confirmada
nesta segunda-feira (13). A investigação da Polícia Civil, até o momento, não
consegue determinar quem efetuou o disparo.
O Ministério Público denunciou cinco policiais por terem alterado a cena do
crime; o capitão da PM Jeanderson Corrêa Sodré, o 3°sargento Rafael Chaves de
Oliveira e os cabos da PM Rodrigo Correia de Farias, Cláudio da Silva Scanfela
e Marcos da Silva Salviano.
Na mesma denúncia, é explicado que os cabos Rodrigo Correia de Farias e Marcos
da Silva Salviano efetuaram disparos. Um tiro atingiu Kathlen, matando-a no
local.
Resumo das denúncias
• Os PMs Cláudio da
Silva Scanfela, Marcos da Silva Salviano, Rafael Chaves de Oliveira e Rodrigo
Correia de Farias foram denunciados por duas fraudes processuais e por dois
crimes de falso testemunho.
• E o capitão
Jeanderson Corrêa Sodré foi denunciado por fraude processual na forma omissiva.
De acordo com a
denúncia, os PMs Chaves, Farias, Scanfela e Salviano retiraram o material que
estava no local antes da chegada da perícia, e ainda acrescentaram 12 cartuchos
calibre 9 milímetros deflagrados e um carregador de fuzil 556, com 10 munições
intactas.
Também segundo o
documento, Jeanderson Corrêa Sodré, mesmo estando no local e podendo agir como
superior dos PMs, se omitiu da função que, por lei, deveria cumprir, que seria
fazer a "vigilância sobre as ações de seus comandados".
"Enquanto deveriam preservar o local de homicídio, aguardando a chegada da equipe de peritos da Polícia Civil (PCERJ), os denunciados Farias, Salviano, Scanfela e Chaves o alteraram fraudulentamente, realizando as condutas acima descritas, com a intenção de criar vestígios de suposto confronto com criminosos", diz trecho da denúncia.
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