‘Meu pai bate na minha mãe’ - Menina escreve pedido de
socorro em prova
Uma menina de 13 anos,
moradora de Vale do Anari (RO), escreveu um pedido de socorro em uma prova da
escola, dizendo que a mãe é vítima de violência doméstica. A foto com o recado
viralizou nas redes sociais nesta semana, e o caso foi encaminhado para a polícia
de Machadinho D’Oeste (RO), que fica a cerca de 54 km de distância.
“Desumano”. Essa foi a palavra usada
pela Polícia Civil de Machadinho D’Oeste (RO), uma equipe da Polícia Civil foi ao
endereço que a menina escreveu na prova. Mas, ao chegar na residência, foi
preciso paciência e poder de convencimento para que a mulher fosse retirada do
ambiente de violência doméstica.
A mulher nunca denunciou as agressões. Quando a polícia era chamada lá, ela negava
que era agredida.
De acordo com a PC, as agressões psicológicas e físicas começaram quando o
casal ainda morava no Paraná. O agressor teria começado a culpar a mulher por
conta da morte do primeiro filho deles.
“Eles tiveram um filho lá no Paraná, onde moravam. O bebê, que tinha entre um e
dois anos, foi até um paiol, ingeriu veneno de rato e morreu. Desde então, ele
começou uma pressão e tortura psicológica sobre ela”.
Os policiais civis de Machadinho dizem que foi preciso conversar por mais de 5
horas com a mulher para que ela decidisse sair da casa onde morava.
A vítima foi encaminhada para a casa de parentes. Dos filhos do casal, três são
meninas, sendo uma de 16 anos, outra 14 e a de 13 anos, que escreveu o recado
na prova, e também um menino de 8 anos. Todos estão abrigados sob
responsabilidade do Conselho Tutelar.
Ambiente hostil - O caso segue em segredo
de Justiça, e o inquérito está em construção. A vítima, o agressor e os filhos
foram ouvidos. Testemunhas ainda serão ouvidas.
“A vítima nega que o marido batia nas crianças, mas uma das adolescentes
disse que ele agrediu uma das meninas e depois mandou as crianças embora de
casa, o que é abandono de incapaz”.
As crianças também contaram que após esse episódio da expulsão de casa, sem
terem para onde ir, pediram ajuda a funcionários de uma rádio no Vale do Anari.
Na sequência, foram encaminhadas ao Conselho Tutelar.
Até o momento, o suspeito das agressões não foi preso.
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