Uma estudante disse que o médico pôs a língua no ouvido dela
e tocou a boca no seu seio - Polícia Civil concluiu o inquérito e o caso foi
levado à Justiça
Pelo menos duas mulheres denunciaram o médico acupunturista Cícero Valdizébio Pereira Agra por
violação sexual em Juazeiro do Norte. A Polícia Civil apura o caso. Dois
boletins de ocorrência foram registrados na Delegacia da Mulher de Juazeiro do
Norte. Uma delas também denunciou o caso no Conselho Regional de Medicina.
Uma das jovens, a estudante Mariana Cavalcante, de 22 anos, disse que o médico
pôs a língua no ouvido dela e tocou a boca no seu seio.
“Do nada ele colocou a língua no meu ouvido e me virou. Depois colocou a boca
no peito. Aí eu só tive o instinto de empurrar e não sabia o que fazer. Fiquei
em choque e saiu da sala como se nada estivesse acontecido”.
Já a professora Meryslande Moreira, 40 anos, relata que o médico a tocou
próximo os seus seios e certa vez chegou até dar uma tapinha nas suas nádegas em
uma das sessões.
"Ele fazia uma massagem que voltava muito aqui na parte laterais das
mamas. Fazia massagem nas costas, vinha para o pescoço e depois vinha muito
para as laterais das mamas. Invadindo bastante. Depois dele aplicar as ventosas
ele deu um tapa no meu bumbum e saiu da sala. A atendente dele ficava me
ligando me mandando mensagens e perguntando se eu ia para o atendimento. E no
determinado dia eu disse que não ia mais".
Ainda segundo a professora, a própria atendente do consultório médico confirmou
o crime. "Poxa que pena você não foi a única. Muitas pacientes relatam
esse mesmo acontecimento e infelizmente acabam não indo mais para os
atendimentos e infelizmente não denunciam".
A Delegacia da Mulher de Juazeiro do Norte já ouviu os depoimentos tanto da
estudante como da professora e espera ouvir relatos de outras mulheres.
Segundo a polícia, ele estaria cometendo um crime de violência sexual mediante
fraude, quando a pessoa utiliza da sua posição no caso dele de médico para ter
a prática libidinosa que não corresponde com à profissão.
A Unimed Cariri onde o médico é cooperado disse que repudia o
caso e qualquer tipo de conduta que contraria os princípios éticos da medicina
e que o processo administrativo é apurado.
Já o Ministério Público do Ceará (MPCE) disse que não poderia mais passar
detalhes sobre o processo porque o mesmo corre em segredo de Justiça.
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