quinta-feira, 17 de fevereiro de 2022

CGD demite PM envolvido em sessão de tortura contra adolescente em Fortaleza - Crime foi filmado

Outros dois militares envolvidos no mesmo episódio foram punidos com sanção de permanência disciplinar, porque ficaram inertes diante às agressões

O crime foi flagrado por populares que estavam nos arredores do terreno

A Controladoria Geral de Disciplina dos Órgãos de Segurança Pública (CGD) demitiu um cabo da Polícia Militar do Ceará (PMCE) acusado de participar de uma sessão de tortura contra um adolescente. A sanção de demissão foi aplicada ao cabo Jean Claude Rosa dos Santos e divulgada no Diário Oficial do Estado (DOE) desta quinta-feira (17).
Outros dois militares denunciados por participarem da tortura receberam sanção de permanência disciplinar. Conforme a comissão processante, o 2º sargento José Alexandre Sousa da Costa e o cabo Carlos Henrique dos Santos Uchôa participaram passivamente das agressões, porque ficaram inertes diante do ato.
O crime aconteceu no bairro Bela Vista, em Fortaleza, no ano de 2018 e foi registrado por um popular. Nas imagens é possível perceber que a vítima não apresentava risco aos policiais enquanto era agredida, porque no local haviam pelo menos 12 militares, além de cães treinados.
O trio foi considerado culpado das acusações por unanimidade de voto, sendo Jean o único dentre eles a estar "incapacitado de permanecer na situação ativa da Polícia Militar do Ceará".
Foram desferidos golpes no rosto do jovem e ainda colocado um saco plástico na sua cabeça, como estratégia de sufocamento.
Outro PM, o tenente Leonardo Lirio é investigado por também participar da tortura. De acordo com o documento da CGD, cabe recurso da decisão. Os policiais devem em até 10 dias corridos se dirigir ao Conselho de Disciplina e Correição.

DETALHES DA BARBÁRIE - Na tarde do dia 28 de agosto de 2018, os policiais compareceram a um terreno no bairro Bela Vista para averiguarem uma denúncia de tráfico de drogas. Após realizarem algumas abordagens encontraram 500 gramas de crack no local. No dia seguinte foi registrado um Boletim de Ocorrência na Delegacia de Combate a Exploração da Criança e Adolescente noticiando que um adolescente que estava no terreno sofreu tortura durante a ação dos PMs.

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