Fabiana Pereira Ribeiro matou o companheiro, um ex-cabo do
Bope, com um tiro na cabeça no dia 28 de fevereiro
A major da Polícia
Militar do Rio de Janeiro (PMRJ) Fabiana
Pereira Ribeiro, 42, confessou que matou o marido, um ex-cabo do Bope, por
sofrer violência física e psicológica. Ela matou Luiz Alberto Muniz do Carmo,
48, com um tiro na cabeça enquanto ele estava deitado na cama no último dia 28
de fevereiro.
A policial se entregou cinco dias após o crime. Em depoimento, ela conta que
vivia sob constantes ameaças e tinha medo do marido a matar, pois ele dormia
com uma pistola ao alcance de sua mão.
"Luiz Alberto possuía comportamento violento e agressivo com a declarante
e com seus filhos, apresentando sempre problemas de humor, alternando poucos
momentos de euforia e, na maior [parte do tempo], mau-humor e extrema
irritação. (...) Há cerca de 5 meses as agressões passaram a ser diárias, tanto
contra a declarante, como contra seus filhos, na forma de xingamentos, ameaças
e espancamentos", diz trecho do depoimento de Fabiana.
Fabiana contou ainda que diariamente o marido vigiava o celular dela, além de
checar também e-mails, "a procura de mensagens de supostos amantes, os
quais nunca existiram. Que ele também checava diariamente as mensagens no
e-mail da declarante".
MORTE DO EX-CABO - Após relatar diversas agressões e até ameaças de morte na noite anterior
a morte, a major comentou com os policiais que pegou sua arma, que fica no
closet.
Conforme Fabiana, o marido dormia com uma pistola ao lado da cama, com
quatro carregadores. "A declarante foi ao banheiro do quarto, buscou sua
arma no closet. (...) Estava receosa demais de Luiz Alberto a matar. (...) A
declarante, então, dirigiu-se à cama e disparou contra a cabeça de Luiz", conta
mais um trecho do relato.
Após o disparo, a mulher correu para sala para checar os filhos de três e
oito anos e ligou para a Polícia pedindo auxílio. Inicialmente, ela informou
que o caso se tratava de suicídio.
No entanto, peritos desconfiaram da versão durante as investigações, pois
identificaram fatos atípicos para suicídio. Luiz Alberto estava deitado de
lado, coberto com edredom e não possuía resquícios de pólvora nas mãos.
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