O crime aconteceu na terça-feira durante um exame realizado
em um hospital de Orós
O médico ANTONIO ALVES DE FREITAS – DR. FREITAS,
de 71 anos que havia sido preso suspeito de crime sexual contra uma paciente no
município de Orós, no interior do Ceará foi solto nesta quarta-feira (30) após
pagar fiança no valor de R$ 30 mil. A informação foi confirmada pelo delegado
regional de Icó, Glauber Ferreira. Ele deve responder à denúncia em liberdade.
A paciente que denunciou o médico na terça-feira seria submetida a uma cirurgia
na genitália em um hospital do município de Orós. Ela relatou a polícia que
após trancar a porta do consultório, ele apalpou o corpo dela e tentou fazer a
penetração no momento da realização de exames íntimos.
Assustada, ela saiu rapidamente da sala e procurou uma delegacia para denunciar
o caso. O suspeito foi preso e levado para a cadeia do município de Icó. A
paciente foi encaminhada para a cidade de Iguatu para ser submetida a exames.
A Secretaria Municipal de Saúde de Orós, responsável pela gerência do Hospital
e Maternidade Luzia Teodoro da Costa, informou que ao tomar conhecimento do
caso afastou o médico do plantão e o desligou do quadro de funcionários do
município.
A Secretária de Saúde e a diretora do hospital repudiaram a atitude do
profissional e ofereceram ajuda necessária à vítima. O médico, por sua vez, não
quis manifestar-se acerca do ocorrido, negando as declarações da vítima.
Com a prisão do médico Antônio Alves de Freitas, conhecido como Dr. Freitas, de
71 anos, suspeito de crime sexual durante uma consulta nesta terça-feira (29)
em Orós, mais 5 mulheres relataram outros casos de violência. A suspensão do
registro do suspeito no Conselho Regional de Medicina (CRM) será solicitada
pela Polícia Civil.
Os agentes de investigação também estabelecem uma força-tarefa para identificar
todas as possíveis vítimas do médico.
A partir da repercussão do ocorrido, outras 5 mulheres entraram em contato com
a Delegacia Regional de Icó, onde os crimes são investigados, para denunciar outros
casos de crimes sexuais.
“Relatando que também foram vítimas em outras cidades que ele trabalhava como
Catarina, Acopiara, Icó e em outras cidades. Inclusive, enfermeiras relataram
esse mesmo assédio praticado pelo médico”, explica o delegado Glauber Ferreira..
Arlete Silveira,
diretora do Departamento de Proteção aos Grupos Vulneráveis (DPGV) da Polícia
Civil, está à frente do caso. A delegada realiza diligências e deve dar novas
informações sobre o caso. O delegado Pedro Viana também integra o grupo.
As vítimas ainda devem oficializar as denúncias porque as revelações
aconteceram há pouco tempo, como pondera Glauber Ferreira. “Algumas moram em
Fortaleza, no Interior e até em outro estado. É um caso bem complexo que vai
demandar muito esforço”.
A gente está comparando esse caso ao do João de Deus do Ceará, porque, para se
ter ideia, eu recebi relatos de uma vítima de 1989. De lá para cá, quantas pessoas
foram vítimas desse médico.
As mulheres elencaram um padrão nos crimes sexuais relatados, como acrescenta o
delegado. “Ele pedia para a vítima se despir para fazer o exame vaginal e
começava a tocar a vítima, nos seios. Surgiram relatos de que ele tirava a
calça da vítima e tentava fazer penetração”.
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