quarta-feira, 30 de março de 2022

Médico suspeito de crime sexual contra paciente no interior do Ceará é solto após pagar fiança de R$ 30 mil

O crime aconteceu na terça-feira durante um exame realizado em um hospital de Orós

O médico ANTONIO ALVES DE FREITAS – DR. FREITAS, de 71 anos que havia sido preso suspeito de crime sexual contra uma paciente no município de Orós, no interior do Ceará foi solto nesta quarta-feira (30) após pagar fiança no valor de R$ 30 mil. A informação foi confirmada pelo delegado regional de Icó, Glauber Ferreira. Ele deve responder à denúncia em liberdade.
A paciente que denunciou o médico na terça-feira seria submetida a uma cirurgia na genitália em um hospital do município de Orós. Ela relatou a polícia que após trancar a porta do consultório, ele apalpou o corpo dela e tentou fazer a penetração no momento da realização de exames íntimos.
Assustada, ela saiu rapidamente da sala e procurou uma delegacia para denunciar o caso. O suspeito foi preso e levado para a cadeia do município de Icó. A paciente foi encaminhada para a cidade de Iguatu para ser submetida a exames.
A Secretaria Municipal de Saúde de Orós, responsável pela gerência do Hospital e Maternidade Luzia Teodoro da Costa, informou que ao tomar conhecimento do caso afastou o médico do plantão e o desligou do quadro de funcionários do município.
A Secretária de Saúde e a diretora do hospital repudiaram a atitude do profissional e ofereceram ajuda necessária à vítima. O médico, por sua vez, não quis manifestar-se acerca do ocorrido, negando as declarações da vítima.
Com a prisão do médico Antônio Alves de Freitas, conhecido como Dr. Freitas, de 71 anos, suspeito de crime sexual durante uma consulta nesta terça-feira (29) em Orós, mais 5 mulheres relataram outros casos de violência. A suspensão do registro do suspeito no Conselho Regional de Medicina (CRM) será solicitada pela Polícia Civil.
Os agentes de investigação também estabelecem uma força-tarefa para identificar todas as possíveis vítimas do médico.
A partir da repercussão do ocorrido, outras 5 mulheres entraram em contato com a Delegacia Regional de Icó, onde os crimes são investigados, para denunciar outros casos de crimes sexuais.
“Relatando que também foram vítimas em outras cidades que ele trabalhava como Catarina, Acopiara, Icó e em outras cidades. Inclusive, enfermeiras relataram esse mesmo assédio praticado pelo médico”, explica o delegado Glauber Ferreira..
Arlete Silveira, diretora do Departamento de Proteção aos Grupos Vulneráveis (DPGV) da Polícia Civil, está à frente do caso. A delegada realiza diligências e deve dar novas informações sobre o caso. O delegado Pedro Viana também integra o grupo.
As vítimas ainda devem oficializar as denúncias porque as revelações aconteceram há pouco tempo, como pondera Glauber Ferreira. “Algumas moram em Fortaleza, no Interior e até em outro estado. É um caso bem complexo que vai demandar muito esforço”.
A gente está comparando esse caso ao do João de Deus do Ceará, porque, para se ter ideia, eu recebi relatos de uma vítima de 1989. De lá para cá, quantas pessoas foram vítimas desse médico.
As mulheres elencaram um padrão nos crimes sexuais relatados, como acrescenta o delegado. “Ele pedia para a vítima se despir para fazer o exame vaginal e começava a tocar a vítima, nos seios. Surgiram relatos de que ele tirava a calça da vítima e tentava fazer penetração”.

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