quinta-feira, 7 de abril de 2022

Médico denunciado por crime sexual contra paciente no Ceará é indiciado por mais dois casos de estupro

 Após a prisão pela primeira denúncia, outras vítimas procuraram a polícia - Agora, o médico de 71 anos tem três indiciamentos por crime de estupro

O médico de 71 anos é suspeito de assediar sexualmente uma paciente de 22 anos durante exames, em hospital de Orós, no interior do Ceará

O médico ANTONIO ALVES DE FREITAS – DR. FREITAS - de 71 anos denunciado por tentativa de manter relação sexual com uma paciente no Ceará foi indiciado por mais dois casos de estupro. O fato que originou a primeira denúncia aconteceu durante um atendimento em Orós, no Centro-Sul do estado. A prisão em flagrante foi realizada no dia 29 de março, quando a paciente, que passaria por cirurgia, saiu do consultório e procurou uma delegacia.
Após a prisão, outras vítimas procuraram a polícia. Agora, o médico tem três indiciamentos por crime de estupro. As três vítimas foram pacientes dele: duas também de Orós e uma de Catarina, município do Sertão Central cearense.
As três mulheres foram ouvidas pela polícia. A investigação continua e outras vítimas devem prestar depoimento, segundo o delegado regional de Icó, Glauber Ferreira, responsável pelos casos.
Por meio de nota a defesa do médico afirmou que as acusações "são frágeis e não têm coerência alguma". Disse ainda que o profissional tem uma enorme folha de serviços prestados nas últimas décadas sem qualquer nódoa em seu currículo e que no momento da ampla defesa a verdade será restabelecida.

Preso por outras denúncias - O médico chegou a ser preso após a primeira denúncia, mas foi solto após pagar fiança de R$ 30 mil. Contudo, no dia 1º de abril, ele foi novamente levado à prisão em decorrência de um mandado em aberto por outro crime de estupro ocorrido em dezembro de 2021.
O delegado Glauber Ferreira afirmou que devido a grande repercussão do caso, outras vítimas procuraram a polícia para fazer denúncias contra o médico.
O caso que motivou a nova prisão veio à tona após a criação de uma força-tarefa, encabeçada pelo Departamento de Proteção de Grupos Vulneráveis (DPGV), pelo Departamento de Polícia Judiciária do Interior Sul (DPJI-Sul) e pela Delegacia Regional de Icó, com o objetivo de investigar crimes em que o médico estaria envolvido.
O suspeito se encontra em uma unidade prisional da região, após ser autuado em flagrante por violência sexual mediante fraude.

Crime contra paciente - A paciente que denunciou o médico na terça-feira (29) seria submetida a uma cirurgia na genitália em um hospital do município de Orós. Ela relatou a polícia que, após trancar a porta do consultório, ele apalpou o corpo dela e tentou fazer a penetração no momento da realização de exames íntimos.
Assustada, ela saiu rapidamente da sala e procurou uma delegacia para denunciar o caso. O suspeito foi preso e levado para a cadeia do município de Icó. A paciente foi encaminhada para a cidade de Iguatu para ser submetida a exames.
A Secretaria Municipal de Saúde de Orós, responsável pela gerência do Hospital e Maternidade Luzia Teodoro da Costa, informou que ao tomar conhecimento do caso afastou o médico do plantão e o desligou do quadro de funcionários do município.
O médico, por sua vez, não quis manifestar-se acerca do ocorrido, negando as declarações da vítima.

Outras denúncias - Após a denúncia contra o médico, ex-pacientes do profissional entraram em contato com a Delegacia Regional de Icó ainda na terça-feira (29) e relataram que também foram vítimas dele. Um dos casos, inclusive, ocorreu em 1989.
"Uma vítima me ligou chorando e disse que ele [médico] se aproveitou dela em 1989, mas na época ela não teve coragem de denunciar. Outra mulher relatou que o médico ameaçou de fazer os pais dela perderem os empregos, caso ela denuncia-se", afirma o delegado Glauber Ferreira, titular da delegacia de Icó.

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