segunda-feira, 30 de maio de 2022

Policiais envolvidos em abordagem que matou Genivaldo Santos são identificados

Os agentes são investigados em processo interno da PRF

Os policiais rodoviários (PRF) envolvidos na morte Genivaldo Santos, de 38 anos, foram identificados como Kleber Nascimento Freitas, Paulo Rodolpho Lima Nascimento e William de Barros Noia. Os nomes foram revelados em reportagem do Fantástico, exibido pela TV Globo neste domingo (29).
Os agentes são investigados em processo interno da PRF.
Na última quarta-feira (25), em Umbaúba, no interior do Sergipe, Genivaldo morreu nas mãos dos policiais durante abordagem truculenta, conforme mostraram imagens registradas por testemunhas.
Os agentes usaram spray de pimenta para derrubar e imobilizar Genivaldo, sendo que um deles chegou a colocar o joelho em seu pescoço. Em seguida, a vítima foi amarrada e colocada no porta-malas da viatura
O laudo do Instituto Médico Legal (IML) de Aracaju confirmou que o óbito foi ocasionado por asfixia mecânica e insuficiência respiratória aguda.
Os policiais, contudo, alegam ter sido empregado "legitimamente o uso diferenciado da força" no caso, registrando que foram usados gás de pimenta e gás lacrimogêneo para "conter" Genivaldo.
Documento dos PRFs atribuiu à vítima supostos "delitos de desobediência e resistência".
Ele foi lavrado pelos policiais rodoviários federais Clenilson José dos Santos, Paulo Rodolpho Lima Nascimento, Adeilton dos Santos Nunes, William De Barros Noia e Kleber Nascimento Freitas, que se apresentaram como a "equipe de motopoliciamento tático que efetuava policiamento e fiscalização" em Umbaúba.
Entretanto, segundo testemunhas e diversas imagens divulgadas em redes sociais, Genivaldo obedeceu à ordem de parada dos agentes, colocou as mãos sobre a cabeça e foi revistado.
Segundo familiares, Genivaldo sofria de esquizofrenia e andava constantemente com os remédios que necessitava. 

POLICIAIS CITARAM CASO DE FORTALEZA ENQUANTO 'DETINHAM' GENIVALDO'

Print do vídeo que mostra abordagem

Em entrevista ao Fantástico, uma testemunha afirmou que os policiais citaram o caso dos dois policiais federais mortos em Fortaleza enquanto tentavam deter Genivaldo.  “Eles relembraram o fato que aconteceu lá em Fortaleza. E eles, o tempo todo, preocupado com a mão na arma para não acontecer o que aconteceu em Fortaleza. E dizendo: vocês não viram o que aconteceu com os nossos colegas?”, disse a testemunha.
No caso do Ceará, ocorrido no último dia 18 de maio, dois agentes realizavam a abordagem de um homem em situação de rua, que reagiu, tomou as armas dos policiais e matou a dupla. O crime aconteceu próximo ao viaduto da avenida Oliveira Paiva, no bairro Cidade dos Funcionários, em Fortaleza.

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