O policial militar, que virou réu na Justiça Estadual por homicídio qualificado, nega a autoria do crime
O sargento da Polícia
Militar do Ceará (PMCE) Antônio Bernardo
da Silva Filho, preso por matar um topiqueiro no Município de Aiuaba, na
Região Sul do Ceará, teria sido flagrado por uma 'selfie' feita por uma mulher,
momentos antes do crime. Ângelo de
Araújo Andrade foi assassinado a tiros no dia 19 de outubro de 2021.
O policial militar virou réu na Justiça Estadual por homicídio qualificado
(por motivo fútil e por emboscada), no último dia 26 de maio, quando a Vara
Única da Comarca de Aiuaba aceitou a denúncia apresentada pelo Ministério
Público do Ceará (MPCE) na íntegra. Ele
nega a autoria do crime.
Conforme a denúncia, Antônio Bernardo cometeu o crime motivado por ciúmes,
pois a sua companheira havia se relacionado anteriormente com Ângelo Andrade, e
o PM suspeitava estar sendo traído por ela, em uma reaproximação da mulher com
o ex-namorado.
O topiqueiro sofreu ameaças de morte pela internet, antes do crime, de
acordo com familiares. A Polícia também apurou com testemunhas que a
companheira do policial militar também era alvo de ameaças, além de agressões e
até cárcere privado, segundo o Ministério Público do Ceará.
No dia do crime, por volta de 5h50, dois homens aguardavam pela vítima em
uma parada de ônibus, na CE-176. Quando a topic parou, a dupla se aproximou com
uma espingarda calibre 12 e um revólver e efetuou vários disparos contra
Ângelo, que morreu no local.
Os autores foram, ainda, registrados por meio de uma fotografia (selfie) tirada
por uma passageira momentos antes do crime, sendo que pode ser observado os
autores de costas, sentados na referida marquise."
OUTRO POLICIAL MILITAR FOI INVESTIGADO - A Polícia Civil do Ceará (PC-CE) chegou a suspeitar de outro policial
militar (também sargento) como o comparsa de Antônio Bernardo da Silva Filho no
assassinato do topiqueiro Ângelo de Araújo Andrade, já que identificou que o
veículo utilizado pelos criminosos era de sua propriedade.
Entretanto, o sargento
em questão (identidade preservada)
se apresentou à Polícia e negou qualquer participação no homicídio, mas admitiu
que vendeu um carro ao sargento Bernardo, poucas horas antes do crime. A
denúncia do MPCE não responsabilizou o segundo policial militar.
Antônio Bernardo é suspeito de integrar um grupo de extermínio que atua na
Região Sul do Ceará, junto de outros agentes de segurança. Ele ainda teria se
passado por outro sargento para colher informações sobre o homicídio que estava
em apuração, segundo o MPCE.
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