Ação foi publicada no Diário Oficial do Estado que também
cita outras denúncias de violência doméstica praticada por Khlisto Sanderson
Ibiapino de Albuquerque, além de processos por ameaça e estelionato
A Controladoria Geral
de Disciplina (CGD) instaurou um Processo Administrativo Disciplinar para
apurar uma denúncia de violência doméstica praticada pelo policial Khlisto Sanderson Ibiapino de Albuquerque, de 34 anos,
preso no interior do Ceará ao se passar
por médico. Segundo a denúncia, o policial agrediu a ex-sogra e a chamou de
"vagabunda, sem vergonha".
A ação foi publicada no Diário Oficial do Estado (DOE) da última terça-feira
(26), que também cita outras denúncias de violência doméstica praticada pelo
soldado, além de processos por emaça e
estelionato, que tramitam no Rio Grande do Norte.
A investigação ocorre após a prisão do policial, no dia 16 de junho, quando
ele foi flagrado se passando por médico no Hospital Municipal de Paraipaba, no
interior do Estado. Na ocasião, Khlisto foi solto em uma audiência de custódia,
mas depois da repercussão do caso foi descoberto que ele atuou ilegalmente como
profissional de saúde com o registro de outro médico em três hospitais
municipais, dois no Ceará e um no Rio
Grande do Norte.
Conforme o procedimento disciplinar instaurado pela CGD, Khlisto foi preso
no Presídio Militar em janeiro de 2020, após ter sido autuado em flagrante na
cidade de Mossoró (RN), por agredir e ofender uma mulher que era sua sogra à
época.
Na denúncia consta que o PM supostamente injuriou a sogra chamando-a de
"vagabunda, sem vergonha, etc" e a agrediu fisicamente. Em seguida,
entrou em luta corporal com seu cunhado, que ficou machucado no lábio inferior,
no olho e no nariz, depois fez-lhe ameaças. A confusão teria começado, segundo
o depoimento da mulher, porque ela chegou na residência e viu a filha com
marcas de agressão no olho e indagou o soldado.
Antes desse episódio, Khlisto já respondia na Delegacia Especializada em
Atendimento à Mulher de Mossoró por ameaça em contexto de violência doméstica e
familiar praticado contra uma ex-companheira. Tendo, inclusive, respondido a
dois outros procedimentos por violência doméstica, formalizados por meio do
Inquérito Policial (IP), o que fez com que a delegada deixasse de arbitrar
fiança em favor dele na denúncia de violência contra a sogra.
De acordo com a CGD, o Processo Administrativo irá apurar as condutas
transgressivas atribuídas ao policial.
Farsa do policial - A farsa praticada por
Khlisto foi descoberta quando a prefeita de Paraipaba recebeu a denúncia de um
médico que estava tendo o número de registro no Conselho Regional de Medicina
(CRM) usado indevidamente pelo policial, que atendia como plantonista no
Hospital Municipal de Paraipaba.
Na ocasião, a prefeita da cidade, Ariana Aquino,
acompanhada de guardas municipais, deu ordem de prisão ao falso profissional, que
saiu da unidade hospitalar algemado pela Polícia Civil. Porém, no dia seguinte,
ele foi solto em uma audiência de custódia.
Um dia após a repercussão da prisão do PM, a Prefeitura de Itapajé informou que
ao verificar as denúncias a secretaria de Saúde revisou todos os plantonistas
do Hospital e Maternidade João Ferreira Gomes e constatou que o falso médico
foi enviado como substituto de plantonistas fixos em três ocasiões na atual
gestão. Em um dos atendimentos na unidade, ele chegou a receitar morfina para
uma paciente.
Dias depois a Prefeitura de Triunfo Potiguar, no Rio Grande do Norte, divulgou
uma nota de esclarecimento informando que Khlisto também atendeu no Hospital
Maternidade Etelvina Vieira de Melo, cobrindo o plantão de outros
profissionais. Ele esteve no hospital em 2021.
Nenhum comentário:
Postar um comentário