terça-feira, 9 de agosto de 2022

Da extorsão ao tráfico de drogas - Como agiam os policiais militares que se aliaram ao narcotráfico no Ceará

Conforme o Gaeco, a ação dos criminosos aconteceu principalmente de março a agosto de 2017

Da extorsão ao tráfico de drogas. O Ministério Público do Ceará (MPCE) afirma ter desvendado mais um esquema criminoso envolvendo policiais militares que, segundo o órgão, se valiam da função de agentes da Segurança Pública para alavancar o narcotráfico no Estado.
Os sargentos Auricélio da Silva Araripe, Tony Cleber Pereira de Souza, Edvaldo da Silva Cavalcante e Paulo Rogério Bezerra do Nascimento; o tenente Antônio Marciano Mota dos Santos; e o soldado Vinícius André de Sousa, foram denunciados por crimes, como extorsões, corrupção passiva, peculato e tráfico de drogas.

Como os militares se aliaram a traficantes. Em um dos casos supostamente protagonizados pelos denunciados, os PMs interceptaram uma mulher na rodoviária de Fortaleza, que estava em posse de R$ 7 mil e sete quilos de cocaína. A busca pela traficante não teve como finalidade prendê-la, mas sim pegar parte do valor em espécie, em troca de ela ser liberada para enviar a droga até um dos presídios da Região Metropolitana.

FUNÇÕES BEM DEFINIDAS - De acordo com o Grupo de Atuação Especial de Combate às Organizações Criminosas (Gaeco), a ação dos criminosos aconteceu principalmente de março a agosto de 2017. A organização seria encabeçada pelo sargento Auricélio da Silva, dono de uma extensa ficha criminal, e "integrada por agentes lotados em diferentes Batalhões na Capital".
As autoridades passaram meses apurando o esquema. Em maio de 2022, os seis militares foram denunciados. Cada policial tinha função pré-definida para um funcionamento orquestrado do bando.

- Auricélio da Silva Araripe contava com o apoio direto de Tony Cleber Pereira de Souza e Vinicius André de Sousa, para protagonizarem os crimes.

- Edvaldo da Silva Cavalcante era responsável por identificar e apontar alvos que pudessem dar maior lucro ao grupo.

- Francisco Elvis Magalhães de Souza, Elvigênio de Sousa França, Antônio Marciano Mota dos Santos e Alexandre Raidson Magalhães de Sousa ficavam com a abordagem direta às vítimas, utilizando-se do aparato policial, como viaturas, armas e farda.

- Paulo Rogério Bezerra do Nascimento prestava apoio e atuava apenas quando mobilizado pelo chefe do bando.

"Auricélio e seus comparsas costumavam tomar das vítimas tudo o que tivessem de valor, como carros, relógios, sons ou outros pertences policiais, até mesmo armas de fogo e drogas ilícitas".

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