Conforme o Gaeco, a ação dos criminosos aconteceu principalmente
de março a agosto de 2017
Da extorsão ao tráfico de drogas. O Ministério Público do Ceará (MPCE) afirma ter desvendado mais um esquema criminoso envolvendo policiais
militares que, segundo o órgão, se valiam da função de agentes da Segurança
Pública para alavancar o narcotráfico no Estado.
Os sargentos Auricélio da Silva Araripe,
Tony Cleber Pereira de Souza, Edvaldo da Silva Cavalcante e Paulo Rogério
Bezerra do Nascimento; o tenente Antônio Marciano Mota dos Santos; e o soldado
Vinícius André de Sousa, foram denunciados por crimes, como extorsões,
corrupção passiva, peculato e tráfico de drogas.
Como os militares se aliaram a traficantes. Em um dos casos supostamente protagonizados pelos denunciados, os PMs
interceptaram uma mulher na rodoviária de Fortaleza, que estava em posse de R$
7 mil e sete quilos de cocaína. A busca pela traficante não teve como
finalidade prendê-la, mas sim pegar parte do valor em espécie, em troca de ela
ser liberada para enviar a droga até um dos presídios da Região Metropolitana.
FUNÇÕES BEM DEFINIDAS - De acordo com o Grupo
de Atuação Especial de Combate às Organizações Criminosas (Gaeco), a ação dos
criminosos aconteceu principalmente de março a agosto de 2017. A organização
seria encabeçada pelo sargento Auricélio
da Silva, dono de uma extensa ficha criminal, e "integrada por agentes
lotados em diferentes Batalhões na Capital".
As autoridades passaram meses apurando o esquema. Em maio de 2022, os seis
militares foram denunciados. Cada policial tinha função pré-definida para um
funcionamento orquestrado do bando.
- Auricélio da Silva
Araripe contava com o apoio direto de Tony Cleber Pereira de Souza e Vinicius
André de Sousa, para protagonizarem os crimes.
- Edvaldo da Silva
Cavalcante era responsável por identificar e apontar alvos que pudessem dar
maior lucro ao grupo.
- Francisco Elvis
Magalhães de Souza, Elvigênio de Sousa França, Antônio Marciano Mota dos Santos
e Alexandre Raidson Magalhães de Sousa ficavam com a abordagem direta às
vítimas, utilizando-se do aparato policial, como viaturas, armas e farda.
- Paulo Rogério Bezerra
do Nascimento prestava apoio e atuava apenas quando mobilizado pelo chefe do
bando.
"Auricélio e seus comparsas costumavam tomar das vítimas tudo o que tivessem de valor, como carros, relógios, sons ou outros pertences policiais, até mesmo armas de fogo e drogas ilícitas".
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