Soldado da PM do Ceará que se passou por médico é afastado e tem arma de fogo recolhida
Preso em flagrante no
Hospital Municipal de Paraipaba, na Região Metropolitana de Fortaleza, no dia
16 de julho último, por exercício ilegal da medicina, Khlisto Sanderson Ibiapino de Albuquerque, 34, que era soldado da
Polícia Militar do Ceará (PMCE), foi afastado preventivamente do cargo pela
Controladoria Geral de Disciplina dos Órgãos de Segurança Pública e Sistema
Penitenciário (CGD). Também foram
recolhidos arma, identidade funcional e instrumentos policiais.
Na última terça-feira, 2, o Diário Oficial do Estado (DOE) divulgou abertura
dos Processos Administrativos Disciplinares (PADs) contra Klisto, referente à
prisão em flagrante em Paraipaba. Na decisão, a Controladoria justificou
que os fatos são imputados, em tese, ao agente e "se revelam incompatíveis
com a função pública". Um crime de estelionato cometido no ano de 2009, no
Rio Grande do Norte, estado onde o homem nasceu também é investigado.
Khlisto ainda é investigado pelo crime de violência doméstica, cometido em
2020. Na ocasião, ele foi preso em flagrante no Rio Grande do Norte após
denúncia da ex-sogra, que alegou ter sido injuriada
e agredida após uma discussão que teve início depois de ver a filha,
companheira do soldado, com marcas de agressão no olho. Ainda, o homem teria
entrado em luta corporal com o então cunhado, que teria ficado machucado no
lábio e no nariz. Há denúncias também de ameaças contra o parente.
Ex-agente da Polícia Militar do Ceará - O ex-soldado estava lotado em São Gonçalo do Amarante, também na Região
Metropolitana de Fortaleza. Em depoimento prestado à Polícia, Khlisto alegou
que estava afastado das atividades militares há mais de um ano. Por meio de
nota, a PMCE informou que o ex-agente se encontrava longe das funções em
decorrência de uma licença para tratamento de saúde. Mesmo com o afastamento,
ele continuava recebendo salário.
No novo processo administrativo da CGD, foi solicitada a suspensão do
pagamento do ex-agente. O crime de estelionato cometido em setembro de 2009 é
referente à venda de um talão de cheques com 15 folhas, pertencente a uma
mulher, pelo valor de R$ 1,5 mil, conforme informações da primeira portaria da
CGD.
Já a segunda portaria da CGD cita a prisão de Khlisto pelo exercício ilegal
da Medicina no Hospital Municipal de Paraipaba. O caso foi denunciado pela
própria prefeita da cidade, Ariana Aquino, que recebeu informações anônimas
sobre a suposta falsificação do registro profissional apresentado pelo homem.
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