O inquérito foi encaminhado nesta segunda-feira ao Ministério Público Federal
A Polícia Federal em
Sergipe concluiu as investigações sobre a morte de Genivaldo de Jesus Santos e indiciou três agentes da Polícia
Rodoviária Federal por crimes de abuso de autoridade e homicídio qualificado -
com emprego de asfixia e mediante recurso que impossibilitou defesa. O crime
ocorreu no dia 25 de maio deste ano, durante abordagem na qual o porta malas da viatura da PRF acabou
transformado em uma câmara de gás. O inquérito foi encaminhado nesta
segunda-feira (26) ao Ministério Público Federal, órgão responsável pelo
oferecimento de denúncia criminal contra os policiais. De acordo com a PF, as
investigações contaram com oitivas de testemunhas, interrogatório dos
investigados e coleta de provas, além de ser abastecido com informações de
exame cadavérico, perícias (local do crime e viatura) e de laudos de química,
genética e toxicologia forense.
Relembre o caso - A abordagem que
resultou na morte de Genivaldo se deu em razão de a vítima estar sem capacete no
município de Umbaúba, interior de Sergipe. Durante
a ocorrência, ele foi insultado, recebeu spray de pimenta no rosto e foi
colocado no porta-malas de uma viatura da PRF com gás lacrimogêneo.
Os agentes envolvidos na ocorrência chegaram a classificar o falecimento do
homem de 38 anos como uma ‘fatalidade desvinculada da ação policial legítima’.
Em comunicação de ocorrência policial, narraram que foi empregado
‘legitimamente o uso diferenciado da força’ no caso.
Em junho passado, a Justiça Federal em Sergipe negou um pedido de prisão
preventiva dos três agentes envolvidos na abordagem, feito pela família da
vítima. Um mês antes, em maio, os PRFs que participaram da abordagem foram
afastados. Na época, a corporação informou que abriu um processo disciplinar sobre o caso.
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