Quatro réus pelo crime, ocorrido na véspera do Natal de 2019, foram impronunciados - Motivação do homicídio foi briga política
A Justiça Estadual
decidiu levar a julgamento dez acusados de matar, em dezembro de 2019, o então
prefeito de Granjeiro, João Gregório
Neto, o 'João do Povo'. Quatro réus foram impronunciados e outros três,
absolvidos sumariamente. O julgamento ainda
não tem data para ocorrer.
A sentença de pronúncia foi proferida pela Vara Única da Comarca de
Caririaçu, na última segunda-feira (17).
Entre os réus pronunciados estão o ex-vice prefeito, Ticiano da Fonseca
Félix, o 'Ticiano Tomé', que viria a assumir a Prefeitura Municipal de
Granjeiro após o homicídio; o pai dele, Vicente Félix de Sousa, o 'Vicente
Tomé' (que também foi prefeito do Município); e o tio, José Plácido da Cunha.
Os três familiares foram apontados pelas autoridades como autores
intelectuais do homicídio, junto de empresários da região, que também foram
pronunciados. O ex-policial militar Mayron Myrray Bezerra Aranha, demitido da
Corporação em setembro deste ano e apontado como o coordenador da execução do
plano criminoso, também deve ir a julgamento.
O assassinato de João Gregório Neto, o 'João do Povo', durante a sua
caminhada matinal, na véspera do Natal, na manhã de 24 de dezembro de 2019, em
Granjeiro, chocou a população cearense. A investigação da Polícia Civil do
Ceará (PC-CE) apontou para a motivação política do crime e chegou a uma
engenhosa teia criminosa.
CONFIRA QUEM VAI A JULGAMENTO
Réus pronunciados (vão a julgamento)
Vicente Félix de Sousa
Ticiano da Fonseca
Félix
José Plácido da Cunha
Joaquim Maximiliano
Borges Clementino
Mayron Myrray Bezerra
Aranha
Francisco Rômulo Brasil
Leal dos Santos
Anderson Maurício
Rodrigues
Wendel Alves de Freitas
Mendes
Thyago Gtthyerre
Pereira Alves
Wylliano Ferreira da
Silva
Réus impronunciados (não vão a julgamento)
Luix Alberto Ferreira
Marques
Geraldo Pinheiro de
Freitas
Luana Pinheiro de
Freitas
Manuel Fernando Bezerra
Ariza
Réus absolvidos sumariamente
José Edvaldo Soares de
Souza Filho
Maria Socorro de
Freitas Cruz
Lúcia Vanda Carlos de
Freitas
A Justiça manteve as prisões
preventivas de Mayron Myrray, Wendel Alves, Wylliano Ferreira e José Plácido. E
substituiu a prisão cautelar de 'Vicente Tomé', Anderson Maurício e Thyago
Gutthyerre por medidas cautelares. Já Joaquim Maximiliano e Francisco Rômulo
tiveram medidas cautelares renovadas.
Entre as medidas cautelares impostas aos acusados estão a proibição de
ingressar na cidade de Granjeiro; a proibição de se aproximar ou manter contato
com qualquer acusado, testemunha ou informante do processo; recolhimento
domiciliar noturno; e monitoramento por tornozeleira eletrônica.
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