Os réus tiveram os nomes e fotografias encontrados em uma lista de novos integrantes da facção
Integrantes da facção carioca foram alvos de operação
deflagrada pela Draco, em 2020
A Vara de Delitos de
Organizações Criminosas, da Justiça Estadual, sentenciou 14 acusados de
integrar uma facção criminosa no Ceará a um total de 117 anos de prisão. A
decisão foi proferida no último dia 9 de maio e publicada no Diário da Justiça
Eletrônico da última sexta-feira (19).
Os réus tiveram os nomes e fotografias encontrados em uma lista de novos
integrantes da facção, que constava no aparelho celular de José Jailson da
Silva Vieira, conhecido como 'Irmão J', preso em 23 de fevereiro de 2018.
Com autorização da Justiça para analisar os dados do celular, a Delegacia de
Repressão às Ações Criminosas Organizada (Draco), da Polícia Civil do Ceará
(PC-CE), avançou na investigação e deflagrou uma operação, em 2020, para
combater "o recrutamento ('batismo') em massa de indivíduos para compor os
quadros da organização criminosa", conforme a sentença judicial.
105 membros recém-ingressos na facção tinham o nome na lista, ao total. Mas,
devido ao grande número de réus, o Poder Judiciário teve que desmembrar o caso
em 8 processos criminais.
Os 14 acusados nesse processo foram condenados pelo crime de organização
criminosa. Confira as penas determinadas
pelo colegiado de juízes da Vara:
Samuel Souza de Paula
> 12 anos e 7 meses, em regime inicial fechado
Stefane dos Santos
Silva > 7 anos e 7 meses, em regime inicial fechado
Thiago Fernandes de
Sousa > 7 anos, com direito de recorrer em liberdade
Valcilandro de Castro
Nunes > 7 anos e 7 meses, com direito de recorrer em liberdade
Victor Hugo Dantas da
Silva > 8 anos e 6 meses, com direito de recorrer em liberdade
Wanderson de Mesquita
Silva > 7 anos e 7 meses, com direito de recorrer em liberdade
Wellington Soares de
Sousa > 7 anos e 7 meses, em regime inicial fechado
Welton Nascimento da
Silva > 7 anos e 7 meses, em regime inicial fechado
Wilker Rodrigues > 8
anos e 11 meses, em regime inicial fechado
Willian Duarte Torres
> 7 anos e 7 meses, com direito de recorrer em liberdade
Willian Ferreira de
Carvalho > 8 anos e 6 meses, em regime inicial fechado
Wilson Carlos Lopes
Dias > 8 anos e 6 meses, com direito de recorrer em liberdade
Wilton Carlos Soares da
Costa > 10 anos e 6 meses, em regime inicial fechado
Wladson Marques dos
Santos > 7 anos e 7 meses de prisão, em regime inicial fechado
Durante o processo criminal, os réus negaram integrar qualquer organização criminosa. As defesas dos acusados alegaram inclusive que o fato de os clientes terem o nome e a fotografia atrelados ao "batismo" à uma facção não se configura um crime.
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