Em 2020, ele ficou na suplência do PL e, com a renúncia de Edgar Procópio, assumiu permanentemente uma vaga
Vereador tomou posse nesta quinta na Câmara Municipal
Assumiu vaga nesta
quinta-feira, 22, na Câmara de Varjota, zona norte do Ceará, o primeiro
suplente do PL, José Marcelo Lopes.
Contra ele, há uma investigação em aberto por suposto estupro de
vulnerável, acusação que levou o parlamentar a ser preso em 2015,
quando era presidente da Câmara.
Segundo a denúncia apresentada pelo Ministério Público (MPCE), na época, o
acusado, que tinha 59 anos, vivia maritalmente com uma adolescente de 13 anos.
“Contra quem, praticou, de forma continuada, inúmeros atos libidinosos,
inclusive conjunções carnais".
O envolvimento teria começado em março de 2015, quando a menina postou uma foto
em uma rede social. O vereador teria escrito elogios à aparência física da
menor. A partir daí, os dois teriam passado a trocar mensagens até se
encontrarem pessoalmente e assumirem publicamente o relacionamento.
Narra a denúncia que o parlamentar chegou a alugar uma casa para morar com a
menor, onde "passaram a ter relações sexuais de forma recorrente",
parando apenas quando o vereador foi preso preventivamente. A Promotoria tomou
conhecido do caso em junho de 2015, quando solicitou que o Centro de Referência
da Assistência Social (Cras) realizasse um estudo de caso e a Polícia abrisse
um inquérito.
O parecer do órgão apontou que a adolescente estaria sendo vítima de violação
há cinco meses e que a mãe da jovem teria "cumplicidade" por não ter
tomado nenhuma providência após ser informada do relacionamento e que a menor
iria morar com o vereador. Em depoimento, tanto o vereador como a menor
afirmaram que tinham a intenção de se casar e o “impedimento” era a idade da
jovem.
Conforme o Código Penal, é considerado
crime de estupro de vulnerável o abuso sexual cometido contra menores de 14
anos ou pessoas que, por qualquer causa, não possam oferecer resistência.
O vereador ficou preso cerca de um mês. Ele, que estava em seu sétimo mandato
consecutivo, não conseguiu se eleger nos pleitos seguintes. Foi expulso do
partido em que foi eleito anteriormente. Em 2020, ele ficou na suplência do PL
e, com a renúncia de Edgar Procópio, assumiu permanentemente uma vaga nesta
quinta.
A posse gerou um clima de insatisfação
popular. Como ainda não houve julgamento do caso, não há impedimentos para que
o vereador assuma.
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