Uma das práticas de tortura denunciada pelos detentos é chamada de 'taturana', que consiste em ficar de cabeça para baixo, apoiado com a cabeça no chão
Um relatório elaborado
pela Defensoria Pública Geral do Ceará reuniu denúncias de torturas sofridas
por internos da Unidade Prisional Agente Elias Alves da Silva (UP Itaitinga IV)
- a antiga CPPL IV. Os presos reclamaram que são colocados de cabeça para baixo
e que têm os testículos apertados, entre outras formas de agressões. Questionada
sobre as denúncias, Secretaria da Administração Penitenciária e Ressocialização
do Ceará (SAP) emitiu nota em que "reafirma seu compromisso prático de
valorização da pessoa humana em números transparentes e incontestáveis e
informa que é colaboradora das instituições fiscalizadoras, como Poder
Judiciário, Ministério Público, Defensoria Pública, além de entidades de
controle social".
Toda a diretoria da UP Itaitinga IV foi afastada dos trabalhos na Unidade, por
determinação da Corregedoria Geral de Presídios, da Justiça Estadual, no dia 26
de junho último, devido às denúncias de tortura.
"Dente na comida e mais dedos quebrados: novas denúncias em presídios do
CE; SAP nega irregularidades", com denúncias de torturas físicas e
psicológicas em pelo menos seis presídios cearenses (inclusive na UP Itaitinga
IV).
A Defensoria contextualiza, no relatório, que a Unidade Prisional tem seis
alas, ocupadas por três facções criminosas. No dia da inspeção, o presídio
tinha 1.749 presos, para 1.200 vagas (um excedente populacional de 549
detentos).
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