Agentes estavam detidos de forma preventiva desde outubro do ano passado
Policiais suspeitos de homicídio em Morada Nova têm prisões
revogadas
Os policiais militares Ari Johny da Conceição Abreu e João
Gilberto Cruz de Lima, investigados pela morte de duas pessoas em Morada Nova,
em 2022, tiveram a prisão revogada em audiência realizada nessa terça-feira,
25. Agentes estavam detidos de forma preventiva desde outubro do ano
passado.
Na decisão, o juíz considerou as "diversas
provas periciais requisitadas pela autoridade policial bem como já na fase
judicial" e destacou que todas as testemunhas da acusação e da defesa
foram ouvidas, além de ter sido realizado o interrogatório de ambos os
acusados.
Única pendência nos autos seria a juntada dos laudos periciais da
Perícia Forense do Estado do Ceará (Pefoce). Órgão não conseguiu atender à
demanda "dentro do prazo estabelecido por lei".
Policiais devem, contudo, cumprir medidas cautelares como: comparecimento
mensal em juízo na comarca de sua residência, para informar e justificar suas
atividades; proibição de manter contato com todas as testemunhas de acusação
bem como com os familiares das vítimas; dentre outras.
Relembre homicídios - O crime aconteceu no
dia 3 de outubro de 2022. Na ocasião, dois jovens foram assassinados a tiros de
arma de fogo em uma rodovia de Morada Nova.
Primeiras informações apontadas pelo Ministério Público do Ceará (MPCE)
apontaram que "as vítimas estavam em um posto de combustível, e os
suspeitos chegaram no mesmo lugar durante a madrugada e todos permaneceram
no local durante uma hora, não sendo identificada qualquer briga ou
discussão".
No entanto, quando as vítimas saíram do posto pilotando uma motocicleta, os
policiais também saíram em um carro. Eles supostamente teriam se
aproximado dos jovens com o veículo e atirado contra eles, segundo aponta
publicação do MPCE feita na época.
Durante as investigações, câmeras de segurança da cidade e do Departamento
Municipal de Trânsito permitiram a verificação da dinâmica do crime. Policiais
foram presos preventivamente cerca de sete dias após a ocorrência, e o MPCE
abriu uma denúncia contra eles.
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