Grupo criminoso já agiria em Ipaumirim e Baixio, conforme órgãos de segurança - Em outubro último, uma mulher presa em Baixio confessou em depoimento ter sido batizada na facção paraibana
Caso é investigado pela Polícia Civil
A Polícia Civil do
Ceará (PC-CE) investiga a tentativa de uma facção criminosa da Paraíba se
estabelecer em municípios cearenses que fazem divisa com aquele estado. A
atuação de integrantes da facção Nova Okaida já foi identificada pelos órgãos
de segurança nos municípios de Ipaumirim e Baixio, ambos na região Centro-Sul
do Estado. A Delegacia Municipal de Ipaumirim instaurou inquérito policial para
investigar o caso. Relatório de Análise de Dispositivo Eletrônico, elaborado
pela delegacia após apreensão do celular de um integrante da facção, confirmou
a atuação da organização paraibana em Ipaumirim e Baixio.
A Polícia Civil ainda recebeu um informe de que o chefe da facção nos
municípios cearenses é um homem que está preso em uma unidade prisional da
Paraíba.
Até o momento, porém, nenhum homicídio foi registrado devido à atuação da
facção paraibana. Prisões de suspeitos de integrar o grupo criminoso foram
efetuadas.
Em outubro último, uma mulher de 19 anos foi presa em flagrante suspeita de
estar traficando maconha, cocaína e crack em Baixio.
Capturada por policiais militares, Taise Priscila Maciel Nunes confessou, em
depoimento na Polícia Civil, que era batizada na facção criminosa Nova Okaida
da cidade de Cajazeiras/PB. Em depoimento, ela ainda disse que havia
chegado ao Ceará quatro meses antes.
De acordo com a investigação, a facção é composta por três “eixos”. A cúpula,
denominada "Palavra Final", é ocupada por Robson Machado da Silva,
conhecido como "Ró", e José Roberto Batista dos Santos, conhecido
como "Betinho". Já o segundo eixo, o “Conselho”, “é o grupo
deliberativo responsável, em tese, por resolver questões de menor importância
relacionadas à organização interna do grupo, conflitos relacionados ao convívio
nos estabelecimentos prisionais e questões relacionadas ao descumprimento dos
preceitos da Orcrim, composto por 15 integrantes responsáveis pela coordenação
do tráfico de drogas nas principais cidades da Paraíba”. Por fim, o terceiro
eixo é “responsável, em tese, pelo controle financeiro, atuando não só no
registro da movimentação de recursos e distribuição dos lucros auferidos com o
comércio de drogas, como também responsável pelo cadastro de novos
integrantes”.
Consolidada a atuação da Nova Okaida no Ceará, o Estado passaria a ter cinco
facções agindo em seu território, além de Comando Vermelho (CV), Primeiro
Comando da Capital (PCC), Guardiões do Estado (GDE) e Massa Carcerária (também
conhecido como Neutros ou TDN).
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