Sindicância será aberta para apurar caso
Fachada de Unidade de Saúde de Morro Reuter
Uma enfermeira
nordestina foi vítima de injúria discriminatória por parte de um médico de 63
anos, na cidade gaúcha de Morro Reuter, na última segunda-feira (12). De acordo
com a Brigada Militar (BM) da Cidade, o episódio ocorreu em uma unidade de
saúde do Município.
Uma equipe da BM foi acionada para atender à ocorrência. Testemunhas afirmaram
que o médico que atua no local se referiu a colega de trabalho como "nordestina burra".
O suspeito e a vítima, além de testemunhas que presenciaram, foram levados a
uma delegacia da Polícia Civil para registro do flagrante. Os nomes do médico e da enfermeira, de 39 anos, não foram divulgados.
O delegado de plantão decidiu efetuar a prisão em flagrante do médico por crime
de injúria discriminatória. A Lei nº 7.716 penaliza o praticante do crime em
dois a cinco de reclusão, além da multa.
Na interpretação da lei é considerado discriminatória qualquer atitude ou
tratamento dado à pessoa ou a grupos minoritários que cause constrangimento,
humilhação, vergonha, medo ou exposição indevida e que usualmente não se
dispensaria a outros grupos em razão da cor, etnia, religião ou procedência
nacional.
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