Em 2020, no Pirambu, um comerciante foi extorquido por três policiais e falsamente acusado de vender mercadoria ilícita durante a pandemia de Covid-19
Policias chegaram a ser
levados ao Presídio Militar após serem capturados pelo crime
Três
policiais militares (PMs) foram condenados na Justiça por cobrarem R$ 20 mil, e
conseguirem R$ 14 mil, para não prender um comerciante que consertava
respiradores durante a pandemia de Covid-19 no Ceará em 2020. Os réus foram
sentenciados a oito anos de prisão cada, em regime inicial semiaberto, e ainda
perderam seus cargos e terão de pagar R$ 26 mil de indenização por danos morais
e materiais, segundo julgamento ocorrido no último dia 9 de maio.
À época do crime, os agentes então lotados no 20ª Batalhão da Polícia Militar
do Ceará (PMCE), informaram que receberam uma denúncia de que o comerciante
estava usando equipamentos de forma ilícita e foram até a casa do homem
(identidade preservada) para realizaram a extorsão. Inicialmente conseguiram R$
2 mil, mas, conforme o processo, eles depois pegaram mais R$ 12 mil, após a
vítima conseguir por meio de saques e empréstimos de familiares.
Após
ser extorquido, a vítima procurou as autoridades, segundo consta na denúncia do
Ministério Público do Estado do Ceará (MPCE), oferecida ao Poder Judiciário em
outubro de 2021. Os PMs condenados são Sidney do
Nascimento Lopes, Italo Thiago de Lemos Santos, Daniel Medeiros de Siqueira, e já haviam sido demitidos da PMCE durante o
andamento do processo. Eles chegaram a ser presos no dia 15 de maio de 2020, um
dia após os fatos criminosos.
EXTORSÃO NA CASA DE
COMERCIANTE - A extorsão ocorreu
na casa da vítima no dia 14 de maio de 2020. Eles teriam o pretexto de
averiguar uma denúncia anônima sobre um comerciante que mantinha equipamentos
de origem duvidosa em sua casa. Eles não chegaram a registrar a ocorrência de
campo, conforme o MPCE.
O homem se sentiu coagido e entregou R$ 2
mil, pois temeu por sua vida, segundo a investigação. Segundo documento, os
agentes de segurança permaneceram na casa da vítima por mais de 47 minutos, o
que foi verificado, pois há câmeras de segurança na residência.
O segundo momento, da entrega dos R$ 12
mil, ocorreu atrás de um posto de combustível. Ele ainda teria ficado de
arranjar mais R$ 6 mil, mas decidiu denunciar às autoridades após a entrega da
segunda quantia, pois se sentiu lesado e procurou ajuda de seu cunhado, que é
policial.
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