Além dos açudes sangrando, o volume atual dos reservatórios estaduais é o melhor desde 2012
Ceará encerra quadra chuvosa com maior quantidade de açudes
sangrando desde 2009
A quadra chuvosa do Ceará — período entre fevereiro e maio —
finalizou com recordes positivos no aporte hídrico do estado. No quadrimestre, o Ceará registrou a sangria de 77 açudes — melhor
resultado desde 2009, quando sangraram 111. Os dados foram repassados pela
Companhia de Gestão dos Recursos Hídricos (Cogerh) na última sexta-feira (7).
Além dos açudes sangrando, o volume atual de 10,54 bilhões de metros cúbicos
(56% da capacidade total), distribuídos em 157 reservatórios, é a maior reserva
hídrica armazenada desde 2012.
A Cogerh explicou que o volume total é reflexo dos bons aportes nas bacias
hidrográficas. As regiões do Acaraú, Coreaú, Litoral, Metropolitana, Serra da
Ibiapaba, Salgado e Baixo Jaguaribe estão em situação “muito confortável”, com volumes acima de 70%, com destaque para o
Baixo Jaguaribe e Litoral que registram 100% de seu armazenamento.
A região do Curu recebeu uma recuperação significativa. No início deste ano,
antes do início da quadra chuvosa, a bacia estava com 26% da capacidade total.
Hoje, encontra-se com 66% de reservas hídricas acumuladas, em situação
confortável.
Os três maiores açudes cearenses,
inclusive, atingiram bons aportes, registrando os maiores níveis dos últimos
anos.
Açude Orós > O reservatório, por exemplo,
chegou a 4,7% no começo de 2020. Agora, já se encontra com 74%.
Açude Banabuiú > Chegou a estar
praticamente seco entre 2015 e 2018. No começo deste ano o reservatório
registrava 42%.
Castanhão > Chegou a marcar 2,1% de volume
em 2018, agora bate 36%, maior percentual desde 2014.
A Cogerh informou que,
pelo quinto ano seguido, o Castanhão não mandará água para a região
metropolitana de Fortaleza, devido ao bom volume acumulado nos açudes Pacoti,
Pacajus, Riachão e Gavião, que abastecem a região metropolitana da capital.
Regiões em alerta - A Cogerh alertou, no entanto, para a realidade na bacia hidrográfica dos Sertões de Crateús, que contrasta com menos de 25% de sua capacidade hídrica acumulada. Outros 20 reservatórios do Ceará apresentam volumes abaixo de 30% da capacidade.
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