Dupla é aliada do prefeito cassado Raimundo Filho (PSB), que
comemorou a eleição realizada pela Câmara Municipal
Posse de prefeito e vice em Pacujá
A Câmara Municipal de
Pacujá, na região do Sertão de Sobral, elegeu, nesta sexta-feira (25), o médico
veterinário Rodrigo Carvalho (PP)
como prefeito substituto do Município. O vice-prefeito temporário eleito foi Jandson Pessoa (Republicanos). Eles ficarão no comando da prefeitura até
31 de dezembro.
A eleição aconteceu durante uma sessão extraordinária convocada para a
manhã desta sexta. Ela ocorreu por conta
da cassação do prefeito Raimundo Filho (PSB) e do vice Zé Antônio Mão Calejada
(União), em setembro, pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
Todos os nove parlamentares que compõem o quadro do Parlamento municipal
estavam presentes. A chapa ganhadora recebeu cinco votos. Já a derrotada,
representada pela candidata a prefeita Maria Edilma (União) e pela candidata a
vice-prefeita Ranielle Pinto (Cidadania), recebeu quatro votos.
Uma sessão solene foi realizada para a posse, logo após o encerramento da
sessão. Desde a cassação da chapa que administrava o Município, o presidente do
Legislativo, Antônio Alves (Cidadania), é quem assumia a função como prefeito
interino.
Nas redes sociais, Raimundo Filho comemorou a vitória dos dois, que são
seus aliados. Em 1º de janeiro, outra chapa irá assumir a administração
municipal. Serão empossados o prefeito eleito Pedro Allan (PSB) e a
vice-prefeita eleita Milena Melo (PT), que ganharam a eleição ordinária no
último dia 6. Eles também são aliados do prefeito cassado.
Cassação - Em 12 de setembro, uma decisão do TSE
cassou os mandatos de Raimundo Filho e Zé Antônio Mão Calejada. Na época, ambos
postulavam ao Executivo com candidaturas opostas. Os dois integravam a mesma
chapa em 2020, mas romperam e se tornaram adversários na cidade.
Pelo que foi decidido pela Justiça Eleitoral, os políticos se tornaram
inelegíveis. Raimundo e Mão Calejada foram cassados pela prática de compra de
votos e abuso de poder nas eleições de 2020. Eles foram condenados no âmbito da
Operação Mensalinho, deflagrada à época pelo Ministério Público do Ceará
(MPCE).
De acordo com a investigação, a compra de voto ocorria em troca de
passagens aéreas, depósito de valores em espécie, entrega de materiais de
construção, entre outros.
A Suprema Corte Eleitoral determinou a realização de eleições suplementares
na cidade, na modalidade indireta.
A decisão foi tomada por unanimidade, seguindo o voto do relator do caso no
TSE, o ministro André Mendonça. Acompanharam o magistrado responsável pelo
parecer a ministra Isabel Gallotti e os ministros Antonio Carlos Ferreira,
Floriano de Azevedo Marques, André Ramos Tavares, Nunes Marques e Cármen Lúcia.
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