A criança teve o órgão genital reimplantado no mesmo dia que deu entrada no IJF, em Fortaleza
O garoto passará por tratamento de longo prazo para
reconstruir o membro
A mãe e o padrasto de um menino de cinco anos foram
condenados por decepar o órgão genital da criança. Somadas, as penas dão mais de 22 anos de prisão. O caso aconteceu em
Canindé, no interior do Ceará, em dezembro do ano passado.
José Ivanilson Ferreira Silva,
padrasto da criança, foi condenado a pena de 13 anos e 4 meses de reclusão, em
regime fechado, sem direito de recorrer em liberdade. A mãe, Sabrina Duarte de Castro, foi condenada
a 9 anos e 4 meses de reclusão, também em regime fechado, com a perda do poder
familiar.
Ambos foram condenados pelo crime de lesão corporal gravíssima, devido à
deformidade permanente da vítima, no contexto de violência doméstica, cometido
contra descendente, e por maus-tratos qualificado em razão da lesão corporal
gravíssima, majorado pelo fato de a vítima ter menos de 14 anos.
O crime abalou a família e, desde que o caso foi descoberto, o garoto passou
morar com o pai, que teve que abandonar o emprego para cuidar do filho. Além
disso, a família precisou mudar de cidade, por medo de represália da família do
suspeito e da mãe biológica.
Sem ter como arcar com as despesas, a família chegou a abrir uma campanha para
arrecadar dinheiro. O valor arrecadado é usado para custear todo o tratamento
de saúde, que será de longo prazo, além dos gastos processuais.
Padrasto preso e mãe investigada - O padrasto do garoto, suspeito do crime, tem 26 anos. Ele foi preso em
flagrante e indiciado por lesão corporal grave. Ele teve a prisão convertida em
preventiva, e segue preso desde então.
Já a mãe do menino, de 27 anos, chegou a dar três versões aos médicos para
justificar a dilaceração do órgão do menino, uma delas é que o ferimento grave
tinha sido causado pela picada de um inseto.
Após as investigações, ela foi autuada
pela polícia por omissão. Ela responde em liberdade.
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