O Ministério Público da
Comarca de Iguatu/CE foi formalmente solicitado a intervir em uma série de
problemas que afetam a administração municipal e o bem-estar da população. Em uma denúncia protocolada pelo Deputado
Estadual Agenor Neto, destacam-se as seguintes questões supostamente graves:
Atraso no pagamento de salários: Servidores municipais estão com salários pendentes desde dezembro de
2024, além de o 13º salário ter sido pago parcialmente (50%). A situação
compromete a subsistência das famílias dependentes desses vencimentos.
Desvio de recursos do FUNDEB: Relatos indicam que parte dos recursos do FUNDEB, destinados aos
professores, foi desviada, com transferências de aproximadamente R$ 1.7 milhões
para contas não relacionadas ao fim educacional.
Salários atrasados no Hospital Regional: Profissionais da saúde, especialmente os do Hospital Regional de
Iguatu, estão com salários pendentes há mais de quatro meses, prejudicando a
qualidade dos serviços de saúde oferecidos à população.
Greve dos garis: Mesmo os profissionais
responsáveis pelos serviços essenciais de limpeza urbana entraram em greve
devido aos salários em atraso, enquanto pagamentos a fornecedores, como
construtoras, foram feitos em detrimento dos vencimentos dos servidores.
Dívidas municipais: A Prefeitura enfrenta
débitos significativos, incluindo com a previdência social e a concessionária
de energia elétrica, além de precatórios pendentes desde 2020.
Inacabamento de obras públicas: Apesar de um empréstimo de US$ 10 milhões, nenhuma obra foi finalizada,
gerando desconfiança na população sobre a aplicação dos recursos.
Além dessas questões,
circulam supostas denúncias de enriquecimento incompatível por parte do ex-prefeito Ednaldo Lavor e seus secretários, com ostentação nas redes sociais,
festas de luxo e aquisições de propriedades. Há também suspeitas de
superfaturamento em contratos com a cooperativa responsável pela intermediação
de mão de obra no hospital e em áreas como merenda escolar e gestão de resíduos
sólidos.
Diante da gravidade dos
fatos, o documento solicita a intervenção do Ministério Público para garantir o
pagamento dos salários dos servidores e a regularização dos serviços públicos
essenciais.
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