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Marco Archer Cardoso Moreira, de
53 anos, optou por ser executado de pé e vendado. A informação é da “Folha de
S. Paulo”. Em reportagem publicada nesta quinta-feira, o jornal revela que o
brasileiro morreu dez minutos após ser atingido por um único tiro de fuzil no
peito, disparado de uma distância de cinco a dez metros. O corpo foi então
vestido com um terno preto, cedido pelo governo da Indonésia, e colocado num
caixão branco, onde seguiu para ser cremado numa folha de bananeira. Um homem
se encarregou de quebrar com um pedaço de madeira os ossos do brasileiro que
não foram totalmente carbonizados, ainda de acordo com a “Folha”. As cinzas de
Marco foram entregues à tia dele, Maria de Lourdes Archer Pinto, que foi à
Indonésia ao saber que o pedido de clemência do sobrinho havia sido negado e a
execução, marcada para o último sábado. Segundo as leis do país, presos
condenados à morte têm a opção de se sentar numa cadeira ou se ajoelhar no
momento da execução. Eles também podem escolher entre ter os olhos vendados ou
não. Marco foi preso em 2004, no aeroporto de Jacarta, ao tentar entrar no país
com 13 quilos de cocaína escondidos nos tubos de uma asa-delta. A “Folha” deu
também detalhes de como ocorreram as execuções de sábado na Indonésia - junto
com Marco Archer, foram mortos outros quatro presos. De acordo com o jornal, os
condenados estavam em frente a cruzes, algemados, vestiam camisas brancas e
tiveram uma marca preta desenhadas perto do coração - uma espécie de alvo para
os carrascos. Antes de os tiros serem disparados, um apito foi soprado como
sinal de preparação. A ordem para os atiradores dispararam foi dada de modo
silencioso, com uma espada sendo abaixada.
Outro brasileiro no corredor da
morte - Nesta terça-feira, outro brasileiro também preso na Indonésia teve o
pedido de clemência negado. Rodrigo Gularte, de 42 anos, foi condenado à morte
após ser preso, em 2004, ao tentar entrar no país com seis quilos de cocaína
escondidos em pranchas de surfe. Após o segundo pedido de clemência ser negado,
a esperança é de que a decisão seja reconsiderada por razões médicas. Rodrigo
foi diagnosticado com esquizofrenia e poderia ter a execução suspensa com uma
transferência para um hospital psiquiátrico.
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