A seca que assola o Nordeste nos
últimos quatro anos e que é a maior das últimas seis décadas, de acordo com
avaliação do Ministério da Integração Nacional, fez com que, pela primeira vez,
nos últimos cinco anos, o volume dos açudes monitorados pela Companhia de
Gestão dos Recursos Hídricos (Cogerh) ficasse abaixo de 20%. Pelo menos seis dos
149 reservatórios observados pela entidade secaram completamente. Dezenas estão
prestes a ter o mesmo destino. Conforme o Portal Hidrológico do Ceará, dos 149
açudes monitorados, 127 apresentam níveis abaixo de 30%. Acima de 90%, somente
o Gavião, em Pacatuba, que abastece a Região Metropolitana de Fortaleza (RMF).
Vale salientar que isso ocorre por causa da transposição de água realizada por
meio do Canal do trabalhador.
Secaram - Já os açudes Forquilha
II, em Tauá; Desterro e São Domingos, em Caridade; Jerimum, em Irauçuba; São
José II, em Ipaporanga, e Sucesso, em Tamboril, estão completamente secos.
Dezenas de outros apresentam volume de água insignificante do ponto de vista
percentual e devem secar a qualquer momento, sobretudo se os prognósticos de chuvas
abaixo da média da Fundação Cearense de Meteorologia e Recursos Hídricos
(Funceme) se confirmarem. Desde 1993, há quase 21 anos, data da sua fundação, a
Cogerh realiza o monitoramento dos açudes do Ceará. Hoje, são 174 reservatórios
observados. Entretanto, esse número veio aumentando gradativamente. Daí não ser
possível mensurar de forma precisa se, durante todo esse tempo, o nível de
armazenamento d'água no Estado no período foi tão crítico.
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